Nosferatu não quer largar o nosso pescoço e o do estado de direito! Chega, Nosferatu! Vá militar no Sindicato dos Vampiros Aposentados!
Espalhem a verdade na rede. Um ex-presidente da República, chefe máximo do maior partido do país — que está no poder —, atuou e atua como chantagista da nossa corte suprema. Lula se coloca no papel de quem pode chantagear ministros do STF.
A reportagem que VEJA traz na edição desta semana
expõe aquela que é a mais grave agressão sofrida pelo estado de direito desde a
redemocratização do país — muito mais grave do que o mensalão!!! Alguns setores
da própria imprensa resistem em dar ao caso a sua devida dimensão, preferindo
emprestar relevo a desmentidos tão inverossímeis quanto ridículos, porque se
acostumaram a ter no país um indivíduo inimputável, que se considera acima das
leis, das instituições, do decoro, dos costumes, do razoável e do bom senso.
Quanto ao dito “desmentido” de Nelson Jobim, acho que o post publicado pelo
jornalista Jorge Moreno (ver abaixo) fala por si mesmo.
Não há por que dourar a pílula. O que Lula tentou
fazer com Gilmar Mendes tem nome nos dicionários: “chantagem”. O Houaiss assim
define a palavra, na sua primeira acepção:
“pressão exercida sobre alguém para obter dinheiro ou favores mediante ameaças de revelação de fatos criminosos ou escandalosos (verídicos ou não)”.
Atenção, minhas caras, meus caros, para a precisão do conceito: “verídicos ou não”!!! No “Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa”, aquele que já registra o verbete “petralha”, lemos:
“Pressão que se exerce sobre alguém mediante ameaça de provocar escândalo público, para obter dinheiro ou outro proveito; extorsão de dinheiro ou favores sob ameaça de revelações escandalosas”.
Atenção para a precisão do conceito: “mediante ameaça de provocar escândalo público”. A questão, pois, está em “provocar o escândalo”, pouco importando se com fatos “verídicos ou não”.
“pressão exercida sobre alguém para obter dinheiro ou favores mediante ameaças de revelação de fatos criminosos ou escandalosos (verídicos ou não)”.
Atenção, minhas caras, meus caros, para a precisão do conceito: “verídicos ou não”!!! No “Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa”, aquele que já registra o verbete “petralha”, lemos:
“Pressão que se exerce sobre alguém mediante ameaça de provocar escândalo público, para obter dinheiro ou outro proveito; extorsão de dinheiro ou favores sob ameaça de revelações escandalosas”.
Atenção para a precisão do conceito: “mediante ameaça de provocar escândalo público”. A questão, pois, está em “provocar o escândalo”, pouco importando se com fatos “verídicos ou não”.
Aplausos para o ministro Gilmar Mendes, que não se
acovardou! É bom lembrar que, pouco depois dessa conversa, seu nome circulou
nos blogs sujos, financiados com dinheiro público, associado à suposição de que
teria viajado à Alemanha com o patrocínio de Carlinhos Cachoeira. Não
aconteceu, claro! Mendes tomou as devidas precauções: comunicou o fato a dois
senadores, ao procurador-geral da República e ao Advogado Geral da União.
Poderia mesmo, dada a natureza da conversa e seu roteiro, ter, no limite, dado
voz de prisão a Lula. Imaginem o bafafá!
Não é segredo para ninguém
As ações de Lula nos bastidores não são segredo pra ninguém. TODOS — REITERO: TODOS!!! — OS JORNALISTAS DE POLÍTICA COM UM GRAU MÍNIMO DE INFORMAÇÃO PARA SE MANTER NA PROFISSÃO SABEM DISSO! E sabem porque Lula, além de notavelmente truculento na ação política — característica que passa mais ou menos despercebido por causa de estilo aparentemente companheiro e boa-praça —, é também um falastrão. Conta vantagens pelos cotovelos. Dias Toffoli, por exemplo, é um que deveria lhe dar um pito. O ex-presidente e seus estafetas têm a pretensão não só de assegurar que ele participará do julgamento como a de que conhecem o conteúdo do seu voto.
As ações de Lula nos bastidores não são segredo pra ninguém. TODOS — REITERO: TODOS!!! — OS JORNALISTAS DE POLÍTICA COM UM GRAU MÍNIMO DE INFORMAÇÃO PARA SE MANTER NA PROFISSÃO SABEM DISSO! E sabem porque Lula, além de notavelmente truculento na ação política — característica que passa mais ou menos despercebido por causa de estilo aparentemente companheiro e boa-praça —, é também um falastrão. Conta vantagens pelos cotovelos. Dias Toffoli, por exemplo, é um que deveria lhe dar um pito. O ex-presidente e seus estafetas têm a pretensão não só de assegurar que ele participará do julgamento como a de que conhecem o conteúdo do seu voto.
Lula perdeu a mão e a noção de limite. Não aceita
que seu partido seja julgado pelas leis do país, assim como jamais aceitou os
limites institucionais nos quais tinha de se mover. Considera que a legalidade
existe para tolher seus movimentos e para impedir que faça o que tem de ser
feito “nestepaiz”.
Sua ação para encabrestar ministros do Supremo é,
se quiserem saber, mais nefasta do que o avanço do Regime Militar contra o
Supremo. Aquele cassou ministros — ação que me parece, em muitos aspectos,
menos deletéria do que chantageá-los. O mensalão foi uma tentativa de comprar o
Poder Legislativo, de transformá-lo em mero caudatário do Executivo. A ação de
agora busca anular o Judiciário — na prática, o Poder dos Poderes.
Obrigação do Supremo
O Supremo está obrigado, entendo, a se reunir para fazer uma declaração, ainda que simbólica, à nação: trata-se de uma corte independente, de homens livres, que não se submete nem à voz rouca das ruas nem à pressão de alguém que se coloca como o dono da democracia — e, pois, como o líder de uma tirania.
O Supremo está obrigado, entendo, a se reunir para fazer uma declaração, ainda que simbólica, à nação: trata-se de uma corte independente, de homens livres, que não se submete nem à voz rouca das ruas nem à pressão de alguém que se coloca como o dono da democracia — e, pois, como o líder de uma tirania.
Chegou a hora de rechaçar os avanços deste senhor
contra as instituições e lhe colocar um limite. A Venezuela não é aqui, senhor
Luiz Inácio. E nunca será! De resto, é inescapável constatar: ainda que haja
ministros que acreditem, sinceramente e por razões que considera técnicas, que
os mensaleiros devem ser inocentados, não haverá brasileiro nestepaiz que
não suspeitará de razões subalternas. Pior para o ministro? Pode até ser, mas,
acima de tudo, pior para o país.
Lula se tornou um vampiro de instituições. É um
passado que não quer passar. É o Nosferatu do estado de direito!
Por
Reinaldo Azevedo
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