Em
pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (20), o senador Alvaro Dias
(PSDB-PR) afirmou que, com o lançamento do programa de concessões de estradas e
ferrovias na semana passada, o governo admite que o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) fracassou. Segundo o senador, o PAC é uma fraude, que apenas
reúne siglas, programas já existentes e obras antigas.
Alvaro
Dias lembrou que o PT sempre criticou as privatizações, “demonizando” a medida
e acusando o PSDB de ser pouco patriota. Esse argumento, lembrou, foi usado nas
eleições presidenciais de 2006 e 2010. O senador lembrou que o Programa de
Investimentos em Logística prevê a aplicação de R$ 133 bilhões em reforma e
construção de rodovias federais e ferrovias, ao longo de 30 anos. O parlamentar
paranaense informou que o pacote prevê a duplicação de 7 mil quilômetros de
rodovias e a construção de 10 mil quilômetros de ferrovias, por meio de
concessões.
- A
mídia repercute, mas isso é muito pouco ou quase nada diante do que o país
precisa – afirmou.
Na
visão do senador, o pacote é pouco ousado. Ele disse que, nos quatro anos em
que foi governador do Paraná (1987-1991), construiu mais da metade do que o
governo quer construir em 30 anos. Foram 4 mil quilômetros de pavimentação e
2,5 mil quilômetros de restauração, além de 11 mil m2 de
pontes. O senador também disse que iniciou a construção da rodovia Oeste, que
foi concluída no governo seguinte.
Alvaro
Dias também criticou o fato de a Empresa de Planejamento e Logística (EPL),
recém-criada para cuidar do pacote de concessões, ser presidida por Bernado
Figueiredo, que teve sua recondução à Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) rejeitada pelo
Senado Federal, no último mês de março. A indicação de Bernado Figueiredo,
segundo o senador, representaria um desapreço ao entendimento do Senado. A
criação de mais um órgão público, com cargos e funções, também mereceu crítica
do sennador. Ele lembrou que as greves, que atingem 27 setores do governo, têm
a ver com o aumento exagerado da máquina pública.
- Isso
faz com que o governo limite sua capacidade de investimento no setor produtivo
e provoca dificuldade em atender às demandas dos servidores – afirmou.
Para o
senador, o país precisa enfrentar o “apagão gerencial” que o governo impôs ao
país. Ele criticou o modelo de concessões dos aeroportos e pediu mais
investimentos na infraestrutura do país e mais qualidade na gestão dos recursos
públicos. Alvaro Dias ainda lamentou o fato de seu estado, o Paraná, não ter
investimentos previstos nos programas de concessões do governo. O senador
lembrou que o Paraná tem três ministros no governo Dilma Rousseff. Essa
situação, segundo o parlamentar, leva o povo a pedir “menos ministros e mais
investimentos”.
Agência
Senado
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