segunda-feira, 15 de março de 2010

REQUIÃO NÃO SABE O QUE QUER, OU TÁ FINGINDO DE LEITÃO PRA PODE MAMA DEITADO?

15 de março de 2010
Requião ameaça apoiar Serra se Lula subir no palanque de Osmar

A campanha eleitoral no Paraná ganhou novos contornos a partir da visita do presidente Lula na última sexta-feira. O tom foi dado pelo governador Roberto Requião que, em seu twitter, ameaçou: “Pessuti terá o apoio de Lula ou o PMDB do Paraná apoiará Serra. Gostemos ou não esta é a realidade do Paraná”.

A reação petista foi imediata, mas enquanto o presidente do partido, Enio Verri, preferiu botar panos quentes, dizendo que não acredita que Requião, pela sua história, apoiaria o presidenciável tucano, o deputado federal André Vargas disse que o PT não vai se “subordinar a gritaria”.

-- Não se faz política com ameaças. Não vamos nos subordinar a isso, disse Vargas, que criticou Requião pelo fato de não ter “preparado” seu sucessor.

Segundo ele, se Requião tivesse feito por Pessuti o que Lula fez pela Dilma “talvez já tivéssemos uma aliança”.

Para Enio Verri, quem deve se posicionar sobre se aceita ou não que Lula suba em dois palanques no Paraná não é Requião, mas Pessuti.

Os dois petistas, no entanto, concordam em um ponto: que será “menos tenso” conversar com Orlando Pessuti, que em 1º de abril assume o governo, sobre as eleições de 3 de outubro.

O PT acredita ser possível dissociar o PMDB de Requião porque a partir de abril ele será “apenas um candidato ao Senado”.

Para André Vargas, a ameaça de Requião é apenas mais um “álibi”, um “subterfúgio” para levar o PMDB para o palanque do PSDB.

Na sua avaliação, o que ele pretende não é construir uma aproximação com José Serra, mas com Beto Richa.

Menos tenso
O presidente do PT, Enio Verri, afirmou que depois da “briga” de Requião com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o partido preferiu “dar um tempo” nas conversas que – institucionalmente – vinha mantendo com o PMDB.

Esta conversa será retomada a partir da posse de Pessuti no governo, dia 1º de abril.

-- O governador Roberto Requião gosta da crise como instrumento para a construção política. Talvez o Pessuti assumindo a tensão diminua e o diálogo possa ser retomado, espera.

No dia 12 de abril
A aliança entre PT e PDT pode ser formalizada no dia 12 de abril.

Pelo menos é no que acredita o presidente do PT, Enio Verri, a partir de uma conversa com o senador Osmar Dias, na última sexta-feira, em Londrina.

Em hipótese nenhuma
O deputado Luiz Cláudio Romanelli voltou a descartar nesta segunda-feira qualquer possibilidade de se forçar a renúncia de Waldyr Pugliesi para que o governador Roberto Requião assuma a presidência do PMDB paranaense.

A reação veio após a informação que o presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos, estaria convocando uma nova reunião para quinta-feira para lançar o movimento em prol Requião.

-- Não existe a possibilidade jurídica de destituição de Pugliesi que tem o apoio irrestrito da bancada, disse Romanelli.

Segundo ele, Doático, do ponto de vista legal, não é “competente” para reivindicar esta renúncia.

Romanelli descarta a possibilidade de Requião estar incentivando este movimento, já que “é amigo e respeita Pugliesi”.

Richistas não vão “constranger” Pessuti
Os deputados peemedebistas que defendem uma aliança com o PSDB de Beto Richa não pretende “constranger” o vice-governador Orlando Pessuti levando à convenção do PMDB uma proposta de aliança.

Pelo menos é o que garante o deputado Luiz Cláudio Romanelli.

-- A decisão de ser candidato é do Pessuti. Não haverá uma proposta diferente na convenção. A aliança é uma questão tratada internamente, a não ser que Pessuti desista de ser candidato, afirmou.

Para Romanelli, Pessuti tem que saber exatamente “quais são as condições e as consequências da disputa eleitoral”.

Preocupação com a reeleição
Romanelli, no entanto, confessa sua preocupação com a reeleição dos 16 deputados estaduais e sete deputados federais do PMDB, além, é claro, com a eleição de “valorosos companheiros” que vão integrar a chapa.

Segundo ele, a eleição/reeleição passa “pela viabilidade eleitoral do candidato ao governo”.

-- Precisamos de um candidato forte, defendeu.

Não tem volta
O deputado Nereu Moura subiu à tribuna da Assembléia Legislativa para, num discurso inflamado, defender a candidatura do vice-governador Orlando Pessuti.

Para ele, esta candidatura é definitiva, não tem volta.

Moura é contra qualquer aliança sob o argumento que “não se pode ficar puxando o garrão, se entregando para os paraguaios”.

DEM quer antecipar decisão
Os cinco deputados estaduais do DEM viajam a Brasília na quarta-feira para, numa reunião com os cinco federais e o presidente nacional do partido, Rodrigo Maia.

O que querem é definir em que palanque o partido vai subir no Paraná.

Hoje a tendência é pelo apoio ao tucano Beto Richa.

Dos nove deputados, apenas um – o presidente regional do partido – Abelardo Lupion, defende uma aliança com o senador Osmar Dias.

Na bancada estadual, Nelson Justus, Osmar Bertoldi, Plauto Miró Guimarães e Durval Amaral são pró-Beto; o deputado Elio Rusch ainda defende uma aliança entre Beto e Osmar.

Na bancada federal, Alceni Guerra, Cássio Taniguchi e Eduardo Sciarra são richista.

O primeiro embate
O vice-governador Orlando Pessuti, o prefeito Beto Richa e o senador Osmar Dias terão o primeiro confronto visando as eleições de 3 de outubro.

Será nesta quinta-feira quando, numa iniciativa da Federação da Agricultura do Paraná participam de um seminário para discutir o setor agropecuário brasileiro.

O evento, a partir 12h30, será no Teatro Positivo.

Entre aspas
“É manga com leite”.

Frase do deputado Enio Verri que não acredita que o governador Roberto Requião apóie a candidatura do tucano José Serra. Para ele, Requião e Serra não comungam da mesma ideologia.

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