Prefeito de Morretes faz apelo a governos federal e estadual. Richa convoca "gabinete de crise" para discutir ações
Foi confirmada pela Defesa Civil do Paraná a terceira morte em razão das chuvas que castigam o Litoral do Paraná. A vítima desta vez foi uma idosa moradora da comunidade rural de Floresta, em Morretes, que teve a casa invadida pela água, na sexta-feira (11), e morreu afogada. O prefeito de Morretes, Amilton de Paula, fez um apelo aos governos estadual e federal para que liberem recursos para a reconstrução do município. Os prejuízos com estrutura de estradas, pontes, escolas e postos de saúde devem ser de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões diz o prefeito.
Mortes em Antonina
Doações
A prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná criaram campanhas para arrecadar donativos aos moradores do Litoral afetados pelas chuvas.
O que doar: Serão arrecadados cobertores, colchonetes, roupas e, principalmente, água mineral.
Onde: supermercados da Rede Big e Mercadorama, pontos de coleta do Provopar, postos do Corpo de Bombeiros e Fundação de Ação Social (Rua Eduardo Sprada, 4.520, Campo Comprido) - o plantão neste domingo será das 8 às 17 horas.
*Doações de colchões: barracão da Defesa Civil, Rua Sergipe, 1.712, Vila Guaíra, Curitiba.
Informações: (41) 3350-2607.
Leia a matéria completa
Especialistas apontam semelhanças entre o Litoral do PR e a região serrana do Rio
O desastre natural ocorrido na região de Morretes e Antonina, no litoral paranaense, nos últimos dias, é semelhante à tragédia registrada em janeiro passado na região serrana do Rio de Janeiro. A formação geológica da área em que foi registrado o maior desastre natural do país, no começo do ano, tem as mesmas características da região atingida aqui no Paraná – as duas localidades fazem parte da mesma Serra do Mar
Lei a matéria
Previsão do Tempo
De acordo com o Simepar, ainda há previsão de chuva fraca para o litoral paranaense até segunda-feira. A partir de terça-feira a tendência é de que o tempo fique firme na região.
Relatório da Defesa Civil boletim das 18h
PARANÁ:
Total de pessoas afetas 21.128
Residências danificadas 6588
Desabrigados 706
Desalojados 8.090
ANTONINA:
Residências danificadas: 08
Desalojados: 10
Desabrigadas: 08 (Segundo informações dos Bombeiros, o número já está em 140)
MORRETES:
Residências danificadas: 2.450
Desalojados: 8000
Desabrigados: 680
PARANAGUÁ:
Residências danificadas: 30
Desabrigados: 10
Ferrovia está interditada
Com as fortes chuvas que atingiram o litoral, os trens que fazem a ligação do Porto de Paranaguá com o restante do estado pararam de operar na sexta-feira perto do meio-dia.
Leia a matéria
Informações das estradas
Como a linha de emergência 191 está congestionada, a melhor forma para acompanhar a atualização das estradas é pelo serviço da PRF e da Ecovia pelo Twitter.
PRF: @PRF191PR
ECOVIA: @ecovia
Fornecimento de luz e águaRodovias continuam interditadas
Confira os caminhos alternativos para saída do litoral
Entre as localidades mais afetadas estão, além de Floresta, os bairros Mundo Novo, Saquarema, Sambaqui, Morro Alto e Rio Sagrado. Segundo o prefeito de Morretes, a prioridade no momento é para socorrer as pessoas que ainda estão ilhadas e procurar pelos desaparecidos. Nossa luta é para atender as necessidades básicas da população e para isso contamos com a solidariedade da população de outras cidades com a doação de cobertores, colchões, cestas básicas, roupas, agasalhos e qualquer tipo de mantimento, pede Amilton de Paula.
Sobre a expectativa para a reconstrução do município, o prefeito disse que não há um prazo estimado já que Morretes não possui recursos financeiros para arcar sozinho com todo o prejuízo. “Não temos expectativa de reconstrução com recursos próprios porque os estragos foram muito grandes. Desde já faço um apelo ao governador Beto Richa e à presidenta Dilma Rousseff que nos ajudem na reconstrução de nossa cidade”.
A terceira morte no estado e primeira em Morretes ocorreu na comunidade de Floresta na sexta-feira (11), mas só foi confirmada pela Defesa Civil na tarde deste sábado (12). As outras duas mortes ocorreram após um soterramento em Antonina. A vítima de Morretes seria uma idosa, Maria Souza Lopes, que morreu afogada dentro de casa depois que a enxurrada invadiu sua residência. De acordo com a coordenadora da Defesa Civil no município, Elaine do Rocio, a região de Floresta foi destruída. “Não existem mais casas no local, foi tudo destruído”, conta Elaine.
Assim como Paranaguá, Morretes já havia decretado situação de emergência na sexta-feira. Segundo o prefeito, após as avaliações da Defesa Civil pode ser decretado estado de calamidade pública nos próximos dias.
Mortes em Antonina
Duas pessoas morreram soterradas depois que um deslizamento de terra provocou o desabamento de casas em Antonina nesta sexta-feira (11), segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Morretes e Antonina, tenente Taylor Machado. Segundo o último boletim da Defesa Civil Estadual , o número de afetados pela chuva nas cidades do Litoral do Paraná chega a 21.268 pessoas. A chuva danificou 6.588 residências, deixou 8.090 desalojados e 706 desabrigados. Os bombeiros ainda realizam buscas por pessoas que estariam desaparecidas em Morretes.
Além da chuva de sexta-feira, houve um segundo evento na madrugada de sábado que afetou o município. Casas ficaram com água até o telhado, bombeiros perderam viaturas e muitas casas foram destruídas, explica Machado. Ele contou que postes de iluminação e casas foram completamente arrastados pela enxurrada.
O Colégio Estadual Rocha Pombo, que fica no Centro de Morretes, chegou a abrigar mais de 600 pessoas, mas pouco mais de 30 continuavam no local às 15h, depois que a chuva parou.
O serviço de telefonia fixa só começou a ser normalizado no município por volta das 14h30, assim como o abastecimento de água e a energia elétrica. Segundo o tenente, o serviço de telefonia celular continuava inoperante até a tarde deste sábado.
Rodovias continuam totalmente interditadas
A rodovia BR-277 deve ter meia pista liberada a partir do meio-dia deste domingo, segundo previsão da Ecovia. Na noite deste sábado o tráfego já estava parcialmente liberado no sentido Morretes-Curitiba, mas apenas neste sentido. Mesmo com a liberação parcial, a recomendação é para que as pessoas não peguem a estrada em direção a essa região. Só devem ser liberados os veículos e caminhões que já estavam na estrada.
Com a trégua dada pela chuva na tarde deste sábado, as equipes conseguiram fazer a limpeza dos trechos mais complicados para que a rodovia fosse aberta de forma provisória. Ainda existe a possibilidade da rodovia ser fechada caso as condições climáticas voltem a piorar.
As equipes continuam trabalhando nem nos quatro pontos mais críticos na BR 277, nos quilômetros 13, onde o asfalto cedeu, 18 e 24 onde houve queda de ponte e no 26 que está com a cabeceira comprometida
.
A cidade de Antonina está totalmente ilhada. Quem está em Matinhos e Pontal do Sul consegue chegar a Paranaguá, mas os alagamentos e quedas de barreiras nas PR 508 e 407 interromperam o tráfego para Curitiba. Entrar em Morrentes também não é possível para quem vem de Curitiba devido a alagamentos próximos ao km 29, entrada da cidade.
A Serra da Graciosa foi liberada, de acordo com a Ecovia, mas com quedas de barreiras constantes, a estrada pode ser fechada novamente.
A BR-376, que liga Curitiba a Santa Catarina, continua interditada e não há previsão para liberação da estrada. Durante, a tarde deste sábado, o tráfego flui em uma faixa em cada pista entre o km 669 e o km 672 por causa de oito pontos com queda de barreira. Equipes da Autopista,
Clique sobre as linhas azuis ou sobre os pinos marcados no mapa para mais informações. Use as ferramentas no canto superior esquerdo do mapa para navegar.
Possíveis desvios
A recomendação da PRF e da Autopista continua sendo usar os caminhos alternativos. Os motoristas que precisam ir de Santa Catarina para o Paraná e estão na BR-101/SC podem sair da rodovia no km 113 (região de Itajaí), acessar a BR-470/SC (passando por Blumenau, Ibirama e Rio do Sul) até a cidade de São Cristóvão do Sul (SC) e pegar a BR-116 até Curitiba.
Quem estiver em Curitiba e precisam viajar a Santa Catarina podem fazer o caminho inverso: seguir pela BR-116 até o km 84 (São Cristóvão do Sul), acessar a BR-470/SC e chegar à BR-101/SC por Itajaí (km 113).
Chove em todo o trecho da BR-376 e ainda não há previsão para a liberação total da rodovia. A concessionária e PRF orienta para que os motoristas evitem utilizar a rodovia, porque ainda há restrição ao tráfego, e sigam por caminhos alternativos.
Na rota alternativa para quem vai ao litoral de Santa Catarina, passando pela Serra Dona Francisca, o congestionamento de 30 quilômetros que começou na tarde de sexta continua. A PRF diz que o tráfego está fluindo com bastante lentidão em função do grande número de veículos. A viagem demora em torno de 12 horas.
(Colaboraram com a matéria: Danielle Brito, Vitor Geron, Isadora Rupp, Paola Carriel, Pollianna Milan, Rosana Felix, Aniela Almeida, Gladson Angeli e Juliana Gonçalves, especial para a Gazeta do Povo)
Doações
A prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná criaram campanhas para arrecadar donativos aos moradores do Litoral afetados pelas chuvas.
O que doar: Serão arrecadados cobertores, colchonetes, roupas e, principalmente, água mineral.
Onde: supermercados da Rede Big e Mercadorama, pontos de coleta do Provopar, postos do Corpo de Bombeiros e Fundação de Ação Social (Rua Eduardo Sprada, 4.520, Campo Comprido) - o plantão neste domingo será das 8 às 17 horas.
*Doações de colchões: barracão da Defesa Civil, Rua Sergipe, 1.712, Vila Guaíra, Curitiba.
Informações: (41) 3350-2607.
Leia a matéria completa
Especialistas apontam semelhanças entre o Litoral do PR e a região serrana do Rio
O desastre natural ocorrido na região de Morretes e Antonina, no litoral paranaense, nos últimos dias, é semelhante à tragédia registrada em janeiro passado na região serrana do Rio de Janeiro. A formação geológica da área em que foi registrado o maior desastre natural do país, no começo do ano, tem as mesmas características da região atingida aqui no Paraná – as duas localidades fazem parte da mesma Serra do Mar
Lei a matéria
Previsão do Tempo
De acordo com o Simepar, ainda há previsão de chuva fraca para o litoral paranaense até segunda-feira. A partir de terça-feira a tendência é de que o tempo fique firme na região.
Relatório da Defesa Civil boletim das 18h
PARANÁ:
Total de pessoas afetas 21.128
Residências danificadas 6588
Desabrigados 706
Desalojados 8.090
ANTONINA:
Residências danificadas: 08
Desalojados: 10
Desabrigadas: 08 (Segundo informações dos Bombeiros, o número já está em 140)
MORRETES:
Residências danificadas: 2.450
Desalojados: 8000
Desabrigados: 680
PARANAGUÁ:
Residências danificadas: 30
Desabrigados: 10
Ferrovia está interditada
Com as fortes chuvas que atingiram o litoral, os trens que fazem a ligação do Porto de Paranaguá com o restante do estado pararam de operar na sexta-feira perto do meio-dia.
Leia a matéria
Informações das estradas
Como a linha de emergência 191 está congestionada, a melhor forma para acompanhar a atualização das estradas é pelo serviço da PRF e da Ecovia pelo Twitter.
PRF: @PRF191PR
ECOVIA: @ecovia
Fornecimento de luz e água
Confira os caminhos alternativos para saída do litoral
Entre as localidades mais afetadas estão, além de Floresta, os bairros Mundo Novo, Saquarema, Sambaqui, Morro Alto e Rio Sagrado. Segundo o prefeito de Morretes, a prioridade no momento é para socorrer as pessoas que ainda estão ilhadas e procurar pelos desaparecidos. Nossa luta é para atender as necessidades básicas da população e para isso contamos com a solidariedade da população de outras cidades com a doação de cobertores, colchões, cestas básicas, roupas, agasalhos e qualquer tipo de mantimento, pede Amilton de Paula.
Sobre a expectativa para a reconstrução do município, o prefeito disse que não há um prazo estimado já que Morretes não possui recursos financeiros para arcar sozinho com todo o prejuízo. “Não temos expectativa de reconstrução com recursos próprios porque os estragos foram muito grandes. Desde já faço um apelo ao governador Beto Richa e à presidenta Dilma Rousseff que nos ajudem na reconstrução de nossa cidade”.
A terceira morte no estado e primeira em Morretes ocorreu na comunidade de Floresta na sexta-feira (11), mas só foi confirmada pela Defesa Civil na tarde deste sábado (12). As outras duas mortes ocorreram após um soterramento em Antonina. A vítima de Morretes seria uma idosa, Maria Souza Lopes, que morreu afogada dentro de casa depois que a enxurrada invadiu sua residência. De acordo com a coordenadora da Defesa Civil no município, Elaine do Rocio, a região de Floresta foi destruída. “Não existem mais casas no local, foi tudo destruído”, conta Elaine.
Assim como Paranaguá, Morretes já havia decretado situação de emergência na sexta-feira. Segundo o prefeito, após as avaliações da Defesa Civil pode ser decretado estado de calamidade pública nos próximos dias.
Mortes em Antonina
Duas pessoas morreram soterradas depois que um deslizamento de terra provocou o desabamen
Além da chuva de sexta-feira, houve um segundo evento na madrugada de sábado que afetou o município. Casas ficaram com água até o telhado, bombeiros perderam viaturas e muitas casas foram destruídas, explica Machado. Ele contou que postes de iluminação e casas foram completamente arrastados pela enxurrada.
O Colégio Estadual Rocha Pombo, que fica no Centro de Morretes, chegou a abrigar mais de 600 pessoas, mas pouco mais de 30 continuavam no local às 15h, depois que a chuva parou.
O serviço de telefonia fixa só começou a ser normalizado no município por volta das 14h30, assim como o abastecimento de água e a energia elétrica. Segundo o tenente, o serviço de telefonia celular continuava inoperante até a tarde deste sábado.
Rodovias continuam totalmente interditadas
A rodovia BR-277 deve ter meia pista liberada a partir do meio-dia deste domingo, segundo previsão da Ecovia. Na noite deste sábado o tráfego já estava parcialmente liberado no sentido Morretes-Curitiba, mas apenas neste sentido. Mesmo com a liberação parcial, a recomendação é para que as pessoas não peguem a estrada em direção a essa região. Só devem ser liberados os veículos e caminhões que já estavam na estrada.
Com a trégua dada pela chuva na tarde deste sábado, as equipes conseguiram fazer a limpeza dos trechos mais complicados para que a rodovia fosse aberta de forma provisória. Ainda existe a possibilidade da rodovia ser fechada caso as condições climáticas voltem a piorar.
As equipes continuam trabalhando nem nos quatro pontos mais críticos na BR 277, nos quilômetros 13, onde o asfalto cedeu, 18 e 24 onde houve queda de ponte e no 26 que está com a cabeceira comprometida
.
A cidade de Antonina está totalmente ilhada. Quem está em Matinhos e Pontal do Sul consegue chegar a Paranaguá, mas os alagamentos e quedas de barreiras nas PR 508 e 407 interromperam o tráfego para Curitiba. Entrar em Morrentes também não é possível para quem vem de Curitiba devido a alagamentos próximos ao km 29, entrada da cidade.
A Serra da Graciosa foi liberada, de acordo com a Ecovia, mas com quedas de barreiras constantes, a estrada pode ser fechada novamente.
A BR-376, que liga Curitiba a Santa Catarina, continua interditada e não há previsão para liberação da estrada. Durante, a tarde deste sábado, o tráfego flui em uma faixa em cada pista entre o km 669 e o km 672 por causa de oito pontos com queda de barreira. Equipes da Autopista,
Clique sobre as linhas azuis ou sobre os pinos marcados no mapa para mais informações. Use as ferramentas no canto superior esquerdo do mapa para navegar.
Possíveis desvios
A recomendação da PRF e da Autopista continua sendo usar os caminhos alternativos. Os motoristas que precisam ir de Santa Catarina para o Paraná e estão na BR-101/SC podem sair da rodovia no km 113 (região de Itajaí), acessar a BR-470/SC (passando por Blumenau, Ibirama e Rio do Sul) até a cidade de São Cristóvão do Sul (SC) e pegar a BR-116 até Curitiba.
Quem estiver em Curitiba e precisam viajar a Santa Catarina podem fazer o caminho inverso: seguir pela BR-116 até o km 84 (São Cristóvão do Sul), acessar a BR-470/SC e chegar à BR-101/SC por Itajaí (km 113).
Chove em todo o trecho da BR-376 e ainda não há previsão para a liberação total da rodovia. A concessionária e PRF orienta para que os motoristas evitem utilizar a rodovia, porque ainda há restrição ao tráfego, e sigam por caminhos alternativos.
Na rota alternativa para quem vai ao litoral de Santa Catarina, passando pela Serra Dona Francisca, o congestionamento de 30 quilômetros que começou na tarde de sexta continua. A PRF diz que o tráfego está fluindo com bastante lentidão em função do grande número de veículos. A viagem demora em torno de 12 horas.
(Colaboraram com a matéria: Danielle Brito, Vitor Geron, Isadora Rupp, Paola Carriel, Pollianna Milan, Rosana Felix, Aniela Almeida, Gladson Angeli e Juliana Gonçalves, especial para a Gazeta do Povo)
Fonte: Gazeta do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário