Estrutura de atendimento à população do Litoral envolve diversas instâncias de governo e será liderada pelo governador. Três coordenadorias foram instituídas e serão responsáveis pela operação das ações do Estado nas cidades de Morretes e Antonina, as mais atingidas por alagamentos e deslizamento. Em Paranaguá, a preocupação é abastecer a população de água potável.
O governador Beto Richa anunciou na manhã deste domingo (13/03) a criação de um gabinete de emergência, que será liderado por ele e formado por diversas secretarias e órgãos do Governo do Estado, para dar atenção prioritária à população do Litoral atingida pelas chuvas dos últimos dias. “Toda a estrutura do governo será direcionada para as comunidades atingidas”, disse ele.
Richa instituiu três coordenadorias para organizar as operações do governo: Coordenação de Atendimento Humanitário, Coordenação de Construções, Obras e Intervenções e Coordenação da Campanha de Solidariedade. Além disso, reforçou que a Operação Verão, que estava funcionando nas praias e reúne diversos serviços do Estado, principalmente de atenção à saúde e segurança, será mantida ativa e foi reprogramada para atender prioritariamente as cidades de Morretes e Antonina.
O governador destacou a atuação da Defesa Civil e dos Bombeiros, que desde os primeiros momentos atuaram nas áreas atingidas por enchentes, alagamentos e deslizamentos e afirmou que haverá uma mobilização incessante até que tudo seja restabelecido.
Relatos - Durante reunião com os membros do governo que fazem parte do gabinete de emergência, o governador ouviu relatos das atividades que estão sendo realizadas. A secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, informou que 135 toneladas de mantimentos e água já haviam sido doados e estavam sendo enviadas para o Litoral.
Ela informou que a campanha de doações lançada pelo Governo já deu os primeiros resultados e que empresários e cidadãos de diversas partes do Estado estão se mobilizando para enviar donativos para as duas cidades mais atingidas. Fernanda destacou que a prioridade das doações são colchões, cobertores, material de higiene e limpeza e alimentos não perecíveis.
Segundo o chefe da Casa Militar e Coordenador Estadual da Defesa Civil, Coronel Adilson Castilho Casitas, três helicópteros do Estado e outros dois de empresas privadas estão atuando no Litoral e já realizaram 154 resgates de pessoas ilhadas ou com necessidade de atendimento médico.
O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, relatou o enviou de uma equipe de Vigilância em Saúde, material médico-hospitalar e medicamentos como antibióticos, analgésicos, insulina e soros antitetânico e para mordidas de animais peçonhentos. Já a Sanepar está mobilizada para garantir o abastecimento de água potável para Paranaguá, município que ficou sem abastecimento devido aos problemas de captação da companhia local.
O vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns , que como o governador Beto Richa percorreu as regiões atingidas por alagamentos e deslizamento, afirmou que haverá uma grande demanda para a recomposição das estradas rurais, tanto para o escoamento da produção agrícola quanto para o transporte das crianças às escolas. “Há muitos pontos de comunicação que precisam ser restabelecidos”, relatou.
Gabinete de emergência (composição)
Governador Beto Richa, vice-governador Flávio Arns, secretários Fernanda Richa (Família e Desenvolvimento Social), Durval Amaral (Casa Civil), coronel Adilson Castilho Casitas (Casa Militar), Reinaldo de Almeida César (Segurança Pública), Luiz Carlos Hauly (Fazenda), Michele Caputo Neto (Saúde), José Richa Filho (Infraestrutura e Logística), Marcelo Cattani (Comunicação), Jonel Iurk (Meio Ambiente), Norberto Ortigara (Agricultura), os presidentes Mounir Chaowiche (Cohapar), Lindolfo Zimmer (Copel), Fernando Ghignone (Sanepar), Tarcísio Mossatto Pinto (IAP) e representantes da Concessionária Ecovia.
Coordenadorias operacionais:
Coordenação de atendimento humanitário
Órgão Responsável: Defesa Civil
Estruturas envolvidas: Casa Militar, secretarias da Segurança Pública, Família, Saúde, Educação, polícias Militar e Civil e prefeituras.
Coordenação de Construções, Obras e Intervenções
Órgão Responsável: Secretaria de Infraestrutura e Logística
Estruturas envolvidas: Casa Civil, e secretarias da Fazenda, Planejamento, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Cohapar, Sanepar, Copel, IAP e Ecovia.
Coordenação da Campanha de Solidariedade
Órgão Responsável: Secretaria da Família e Desenvolvimento Social
Estruturas Envolvidas: secretaria da Família e Desenvolvimento Social e Provopar
Governo
Richa obtém apoio do governo federal para o Paraná
Ministro da Integração Nacional se comprometeu em liberar recursos emergenciais para ajudar o Estado na recuperação de áreas atingidas pela chuva
O governador Beto Richa informou neste domingo (13/03) que o governo federal se disponibilizou a ajudar o Paraná nas ações de recuperação das áreas afetadas pelas chuvas. Richa conversou durante o final de semana com os ministros Antonio Palocci, da Casa Civil, Fernando Bezerra, da Integração Nacional, e Nelson Jobim, da Defesa.
Segundo Richa, há um bom entendimento com o governo federal e a garantia de que é possível contar com todo o apoio da União para as ações que passam a ser realizadas nos municípios atingidos pelos desastres naturais dos últimos dias. “Não economizei nos pedidos e os ministros foram bastante receptivos”, informou o governador.
Ele disse que o ministro Fernando Bezerra se comprometeu a liberar recursos emergenciais de acordo com a necessidade do Estado. “Agora estamos preocupados em enviar socorro às vítimas. Depois disso faremos um balanço dos estragos e prejuízos e encaminharemos os números ao governo federal. Certamente vamos contar com uma ajuda financeira de Brasília”, afirmou Richa.
O ministro Nelson Jobim informou que o Exército pode disponibilizar uma ponte metálica caso seja necessário instalar o equipamento as estradas interrompidas. “Estamos avaliando esta necessidade”, disse o governador.
A concessionária que administra a BR 277 entre Curitiba e Paranaguá, onde quatro pontes ficaram comprometidas por causa das chuvas, informou que o tráfego seria liberado em meia pista a partir da tarde deste domingo nos trechos mais problemáticos. A empresa adiantou que serão necessários seis meses para a reconstrução das pontes.
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