sexta-feira, 29 de abril de 2011

Com incentivos do Estado indústrias de papel garantem manutenção de 5 mil empregos em Jaguariaíva e Arapoti

O governador Beto Richa autorizou nesta sexta-feira (29/04) que as unidades brasileiras das multinacionais Norske Skog Pisa e Stora Enso, que produzem papel imprensa no Paraná,utilizem créditos de ICMS para pagar pela energia que consomem. O acordo prevê também que as empresas terão 40% de desconto no mesmo tributo que incide sobre a tarifa de consumo de energia elétrica.


“São medidas importantes para manter a competitividade das indústrias instaladas no nosso Estado. O prosseguimento das atividades de duas empresas significa a manutenção de pelo menos cinco mil empregos diretos e indiretos”, destacou o governador Beto Richa.

As duas fábricas, instaladas nos municípios de Jaguariaíva e Arapoti, ameaçavam fechar as portas devido ao alto custo da energia, que é um dos principais insumos deste tipo de atividade, e da proibição de compensar créditos de ICMS nos últimos anos. Enquadradas no programa Paraná Competitivo, elas podem usar os créditos de ICMS para quitar as contas de energia até o limite de R$ 1 milhão por mês.

Únicas a produzir papel jornal e papel para revista na América Latina, a Norke Skog e a Stora Enso também perderam competitividade em função da baixa cotação do dólar. “O negócio se tornou inviável”, sustenta o diretor geral da Norske no Brasil, Alex Pomilio.

Segundo ele, a indústria acumulou R$ 90 milhões em créditos nos últimos cinco anos. A Stora Enso tem R$ 145 milhões em créditos acumulados, de acordo com o diretor industrial da empresa no Brasil, Lucinei Damálio.

A Stora, que detém 50% do mercado brasileiro, tem capacidade para produzir 200 mil metros cúbicos de papel para revista, mas estava produzindo 150 mil metros cúbicos. “O restante do papel é importado sem barreiras alfandegárias”, explica Damálio. “A empresa já retomou estudos para novos investimentos, agora que suas atividades foram viabilizadas pelo decreto do governador”, afirma o executivo.

A Norske também operava com capacidade ociosa. A fábrica baixou o volume de produção de 180 mil metros cúbicos para 140 mil metros cúbicos por conta das dificuldades. “Agora voltamos a competir no mercado”, afirmou o diretor Alex Pomilio.

Ele afirmou que a Norske quer fazer parte do novo Paraná que está sendo construído. “Em tão pouco tempo de governo, Beto Richa já está colocando o Estado num novo patamar, e seremos uma peça no motor que vai levar o Estado ao progresso”, disse o executivo

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