É uma frente suprapartidária, com apoio da OAB, ABI e Cia. Simon disse que o movimento será liderado pela sociedade civil.
Aos que ainda não entenderam o que isso significa, vai aqui a explicação: à luz da atual conjuntura, considerando a dinâmica da política nacional e ressalvadas as disposições em contrário, isso significa, rigorosamente, nada.
Ou melhor: significa muito para os que querem continuar parasitando o Estado brasileiro.
O bom parasita sabe que quando surge o “basta”, aquele grito difuso contra “tudo isso que aí está”, as coisas se acalmam para o lado dele.
O “basta” enche de orgulho os indignados de plantão, espalha adjetivos justiceiros, entope as seções de cartas com manifestos envaidecidos.
E o parasita respira aliviado: sabe que enquanto o pessoal estiver ocupado com “tudo isso que aí está”, suas negociatas estarão a salvo.
“Tudo isso” e “nada disso” é a mesma coisa. Pedro Simon e os gladiadores do bem tiveram a chance de lutar pela CPI do Dnit. Trocaram-na por uma “frente contra a corrupção”.
Basta de tanta bondade.
Guilherme Fiúza, Época
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