segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cohapar: dossiês e auditoria do TCE marcam fim do governo

Quem anda pelos corredores da Cohapar respira o ar do conflito entre a turma de Roberto Requião e Orlando Pessuti. Uma sindicância feita contra Doático Santos e João Arruda pelo uso da máquina para fins eleitorais, está sendo revidada com um dossiê sobre uso de diárias aos finais de semana e aumentos salariais dos atuais dirigentes.


Se soma a isto tudo a ação do Tribunal de Contas do Paraná, que está fazendo uma devassa na Cohapar, e por isso descobriu mais algumas novidades. É que todos os recursos repassados pelo governo federal para construção de moradias não é contabilizado na Cohapar.

Foi aberta uma conta conjunta entre CEF e a SEFA-Secretaria de Estado da Fazenda, e todos os gastos com a construção de moradias são pagos diretamente da conta conjunta aos fornecedores de materiais sem nenhuma licitação. E pior: quem compra os materiais são os presidentes de associações de moradores em conjunto com os chefes regionais da Cohapar, escolhendo empresas “amigas”. Segundo informações extra-oficiais existe uma grande diferença nos valores dos materiais e nas quantidades proporcionalmente ao metro quadrado construído.

Afora este “esquema” o TCE investiga a existência de duas folhas de pagamento na Cohapar. A oficial e a paralela, onde alguns ex-diretores e atuais recebem salários acima do que é permitido por lei. Imagina o que virá a publico depois que os novos dirigentes do órgão assumirem nos próximos dias.

Fábio Campana

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