Casa da Cultura de Jaguariaíva, patrimônio histórico do Paraná pede socorro

Veja como era a 5 anos atrás, abaixo voçê verá como está hoje.

O prédio da Prefeitura inaugurado em 1918, localizado na Praça Dr. Domingos Cunha, sediou por muitos anos além da Prefeitura, outros órgãos públicos, por último era a da Cultura Prof. João Batista da Cruz.


A historia oral de antigos jaguariaivenses, registra que na parte superior funcionou ate os anos 40 um salão de baile que era privilégio da elite. Na mesma ala funcionou mais tarde a Câmara de Vereadores e na parte térrea, o gabinete do prefeito e a Delegacia. O prédio é outro exemplar de arquitetura dos edifícios públicos de sua época no Estado do Paraná. Em 1922 foi tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado com a denominação: “Casa da Cultura Dr. João Batista da Cruz”.


Esse edifício implantado em terreno de esquina, sem recuos das divisas. Construção de dois pavimentos possuí a dignidade e a austeridade próprias dos edifícios públicos da época. A fachada principal é dividida em três tramos e as laterais em cinco.

Localização: Rua Dr. Domingos Cunha, 35 – Cidade Alta
Data da Construção: 1918
Proprietário: Município de Jaguariaíva
Tombamento Estadual: Processo nº. 02/92, Inscrição nº. 117, Livro do Tombo Histórico e Artístico da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná


Veja como está hoje em completo abandono.  Desde outubro de 2006, a CASA DA CULTURA DE JAGUARIAÍVA encontra-se em total abandono pelo Poder Público Municipal.

 

HISTÓRICO

A fazenda de Jaguariaíva, às margens do rio do mesmo nome, era até o início do século passado um pouso no caminho das tropas em demanda da feira da feira Sorocaba.

Quando em 1820, Auguste de Saint-Hilaire a visitou, compunha-se de uma “dúzia de ranchos destinado as aos negros de algumas choças, cujo moradores trabalhavam no domínio e na casa do proprietário”, mas já era a mais importante no percurso entre Sorocaba e a Vila Nova de Castro.

Mais de meio século depois, em 1875, é criado por lei provincial o município de Jaguariaíva.

Esse edifício, que sedia a prefeitura municipal, foi construído em 1918 e implantado em terreno de esquina, sem recursos das divisas. Construção de dois pavimentos, possui a dignidade e a austeridade próprias dos edifícios públicos da época. A fachada principal é dividida em três tramos e as laterais em cinco. Enquadram esse módulos pilastras que percorrem toda a altura do prédio, do piso à platinbanda. Cada módulo, maior que os demais corresponde a um vão de janela, em cada pavimento. A exceção é o tramo central da fachada principal. Esse módulo, maior que os demais, dá monumentalidade ao edifício, sendo valorizado por frontão curvo com coroamento, pelo balcão da janela rasgada do andar de cima e pela grande porta de entrada.

Embora discreto, o repertório plástico dos ressaltos de massa, do desenho da caixilharia de janelas e portas e da serralheira – presente no guarda corpo do balcão e na porta de entrada principal – denuncia a influência do movimento pré-modernista. Nos elementos de massa há uma contenção formal, limitando-se figuras geométricas simples, Já na caixilharia e serralheira verifica-se uma liberdade maior com nítida inspiração nos desenhos art nouveau