O secretário nacional de Comunicação do PT e deputado federal pelo Paraná, André Vargas, referendou hoje, em Curitiba, a posição da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que o governo federal deve insistir na criação de novo imposto para financiar a saúde. "Não tive oportunidade de ler (a entrevista), mas pessoalmente sou favorável a um novo imposto", acentuou Vargas. "Sou favorável, mas não sei se o ambiente no Congresso N'acional é para essa discussão."
Segundo Vargas, toda a discussão da regulamentação da Emenda 29 e do aumento de recursos para a saúde foi feita "em um ambiente de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)". "Mas acabamos votando em um ambiente sem CPMF", ponderou. "Discutimos a regulamentação com R$ 38 bilhões em caixa e agora regulamentamos sem os R$ 38 bilhões em caixa." Em razão de ainda não ver ambiente para a discussão, o deputado disse que é preciso observar o melhor caminho para garantir os recursos. "Um novo imposto seria a garantia de que pelo menos aqueles recursos iriam para a saúde e não cairia na máquina geral", afirmou.
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), discordou do posicionamento de Vargas. "Constatou-se que a maioria dos recursos da CPMF foi destinada para outras áreas que não a saúde", disse hoje, após participar de uma reunião com 23 deputados federais do Estado para discutir emendas ao orçamento da União. Ele admitiu que tem posição diferente da maioria dos governadores em relação a um novo imposto para o setor. "Eu acredito que o problema da saúde é de gestão. São necessários recursos, mas passa primeiramente por uma gestão desses recursos", afirmou. |
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