35,7% dos curitibanos já não lembram em quem votaram para vereador
Para especialistas, alto número de “esquecidos” reflete a pouca importância que a população dá para a Câmara Municipal.
Passaram-se apenas três meses das eleições que definiram as novas composições das câmaras municipais do país.
Ainda que tenha transcorrido pouco tempo, foi suficiente para que uma parcela expressiva dos eleitores já não lembre mais em quem votou para vereador.
Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, 35,7% dos curitibanos já esqueceram seus votos para a disputa proporcional – pouco mais de um terço dos eleitores.
Ainda que tenha transcorrido pouco tempo, foi suficiente para que uma parcela expressiva dos eleitores já não lembre mais em quem votou para vereador.
Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, 35,7% dos curitibanos já esqueceram seus votos para a disputa proporcional – pouco mais de um terço dos eleitores.
Esse contingente de “esquecidos” aumentou em relação às eleições de 2008, quando 28,5% dos eleitores da capital paranaense não se lembravam em quem haviam votado no mesmo período.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 16 de dezembro do ano passado, tendo ouvido 682 eleitores. A margem de erro é de quatro pontos porcentuais.
Além dos 35,7% que afirmaram não se lembrar em quem votaram para vereador, outros 5,2% não votaram ou justificaram o voto. Aqueles que citaram o nome do candidato em que votaram somaram 58,9%.
Em 2008, uma pesquisa realizada no mesmo período pela Paraná Pesquisas indicou um total de 70,8% de entrevistados que lembravam em qual candidato a vereador votaram meses antes.
Em 2008, uma pesquisa realizada no mesmo período pela Paraná Pesquisas indicou um total de 70,8% de entrevistados que lembravam em qual candidato a vereador votaram meses antes.
Para o diretor da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, os números mostram que o Legislativo não é visto com a devida importância pela população. “Se mais de um terço dos eleitores não lembra em quem votou, isso mostra que o voto para o Legislativo não é nem um pouco importante”, diz ele. Na sua avaliação, a disputa majoritária (eleição para prefeito, governador ou presidente) é costumeiramente vista com mais atenção. “O que é lamentável, afinal de contas são os vereadores que irão fiscalizar o prefeito.”
O cientista político Ricardo Oliveira, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), acredita que os números da pesquisa são reflexo da falta de acompanhamento do trabalho parlamentar. “É um problema da Câmara também, que não tem um trabalho de divulgação.
Até porque nem sempre é de seu interesse ampliar a transparência”, avalia, defendendo que seja realizado um trabalho ducativo principalmente com a crianças e jovens a fim de que compreendam o papel do Legislativo.
“O distanciamento permite que o Legislativo seja menos responsável e menos ligado aos interesses do cidadão”, afirma ele.
Já Doacir Quadros, professor de Ciência Política da Uninter, associa o esquecimento do eleitor à falta de informação sobre o candidato.
“Isso mostra que o eleitor não procura se informar sobre o candidato em quem pretende votar. Ele simplesmente segue um protocolo”, analisa. Para Quadros, uma das soluções para tentar
mudar esse quadro seria a adoção do voto distrital, por meio do qual cada região do município elege um representante. “Isso tende a aproximar o eleitor do seu vereador”, ressalta.
Fonte: Gazeta do Povo
Fonte: Gazeta do Povo
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