Prefeito de Castro, Moacyr Fadel, faz denúncia por extorsão

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Prefeito Moacyr disse que a briga vai parar agora na Justiça

 O prefeito de Castro Moacyr Elias Fadel Junior registrou ontem um boletim de ocorrência na 43ª Delegacia de Polícia de Castro se dizendo vítima de chantagem e extorsão. 

Em seu pronunciamento à polícia, ele relatou que vem sendo vítima de um ex-gerente da Viação Cidade de Castro, concessionária do transporte coletivo urbano do município, que disse ter imagens gravadas e que comprometeriam a sua reputação. Para entrega do material ele teria pedido um valor que chegaria a R$ 50 mil.

A chantagem teria começado há pouco mais de 10 dias, quando o prefeito retornou de viagem da Europa juntamente com uma comitiva do Sebrae. E segundo Moacyr, esse homem dizia ter uma fita que comprometeria ele e a empresa em contato feito com o seu irmão, que é o Maurício Fadel, chefe de Gabinete da prefeitura de Castro. E o valor pedido era esse mesmo de R$ 50 mil. Nas imagens, supostamente apareceria o prefeito recebendo um montante de R$ 15 mil.

Em entrevista ao Diário dos Campos, o prefeito recordou que esteve apenas em uma oportunidade na Viação Cidade de Castro e ainda há cerca de três anos. Ele foi até lá para receber um dinheiro que tinha emprestado para esse homem e que deveria ser devolvido na época em um prazo de 60 dias depois de um acordo desse ex-gerente com a empresa. “Foi feito esse empréstimo porque ele tinha dito que estava com problemas de saúde, mas essa informação é publica. Fui com boa intenção e quando ele me devolveu o dinheiro na empresa não cheguei a contar. Depois fui perceber que o valor estava diferente, R$ 10 mil e não os R$ 15 mil emprestados iniciando a polêmica”, relata.

“O mais estranho disso tudo é que a fita estava guardada por três anos e agora chegando as eleições vem essa denúncia. Ele me disse que venderia essa fita a interessados se eu não pagasse os R$ 50 mil. Então disse que ele poderia divulgar porque não aceito chantagem. Registrei esse boletim por extorsão e vamos até as últimas conseqüências na Justiça com esse caso de calúnia e difamação”, finaliza o prefeito.

De acordo com representantes da Viação Cidade de Castro, esse funcionário já teria se desligado da empresa nos últimos anos e que residiria em outra cidade da região. O Ministério Público de Castro, comandado pelo promotor de Justiça Paulo Conforto, não se manifestou ainda oficialmente sobre o assunto.

Fonte: Diário dos Campos Alexandre Costa