domingo, 27 de junho de 2010

Aliança entre PMDB, PT e PDT continua indefinida no PR; decisão sai até quarta

Convenções estaduais de PT e PMDB ocorrem neste domingo, no entanto a coligação com o PDT deverá ser definida pelas executivas estaduais dos partidos nos próximos três dias
A indefinição sobre a candidatura de Osmar Dias (PDT) ao governo do Paraná nas próximas eleições deve continuar por mais alguns dias. As lideranças de PT, PMDB e PDT voltaram a se reunir durante a manhã deste domingo (27), em um hotel da capital do estado, para tentar definir uma aliança entre os partidos. Esta foi a quarta reunião entre as legendas em um período de 24 horas.


Ao chegar ao local da convenção do PMDB, realizada neste domingo em Curitiba, o governador Orlando Pessuti disse que no novo encontro os partidos decidiram esperar. Segundo ele, caberá às executivas estaduais das legendas decidirem sobre a formação da chapa. A informação também foi confirmada pela assessoria de imprensa do senador Osmar Dias.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), declarou na convenção petista que as legendas realmente vão esperar um pouco mais para consolidar ou não a chapa entre os três partidos.


Os partidos precisam definir os candidatos ao governo e ao Senado até a próxima quarta-feira (30), quando acaba o prazo legal para as convenções e para a definição de candidatos e coligações.

Clima morno nas convenções

Enquanto os partidos discutiam a chapa ao governo de estado, as convenções estaduais de PT e PMDB ocorriam sem muita movimentação. No encontro peemedebista, chamou a atenção a “rápida visita” do ex-governador Roberto Requião. Ele chegou ao local da convenção por volta das 11h15 e deixou o encontro em menos de meia hora. Durante o encontro, ele discursou a favor da aliança com Osmar Dias. Requião disse que apoia a coligação e que qualquer outra opção seria um desastre. Sobre falta de definição na formação da chapa com PT e PDT, Requião declarou no microblog Twitter: “Por enquanto decidiram não decidir”.

Na convenção petista, o secretário nacional de comunicação do partido, André Vargas, afirmou que considera a conversa com Osmar Dias encaminhada. “A decisão deve ser de apoiar uma grande chapa. Acredito que vai prevalecer a aliança nacional entre os três partidos”, opinou.

Reviravoltas

Petistas e peemedibistas já estiveram muito próximos de acertar uma coligação com o PDT, com o senador Osmar Dias como candidato ao governo. Pessuti chegou a abrir mão da candidatura em favor de Osmar.

No entanto, o anúncio da possibilidade de o tucano Alvaro Dias ser o vice-candidato à presidência da república na chapa de José Serra alterou o cenário da disputa no Paraná. Osmar já declarou que não vai concorrer nas eleições em lado oposto ao do irmão Alvaro.

A indefinição de Osmar fez com que Pessuti voltasse a cogitar a candidatura própria. No sábado (26), a assessoria de imprensa de Pessuti chegou a convocar uma coletiva onde o governador iria anunciar a sua candidatura a reeleição, no entanto, a entrevista acabou cancelada. Pessuti e Osmar voltaram a se reunir na noite de sábado, mas não houve conclusão sobre a coligação.

Um novo complicador para a consolidação da aliança é a denúncia da revista Veja contra o governador Orlando Pessuti, pré-candidato do PMDB. Segundo a publicação, Pessuti seria um funcionário fantasma da Assembleia Legislativa do Paraná (AL-PR).

Gazeta do Povo

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