sexta-feira, 4 de junho de 2010

Partidos indefinidos para as convenções no Estado

Na quinta-feira da próxima semana, dia 10, começa o prazo das convenções partidárias. Até o dia 30, todas as legendas terão de fazer seus encontros oficiais para definir os candidatos à eleição do dia 3 de outubro, bem como suas coligações.

E, no Paraná, apesar de a maioria dos partidos já ter marcado a data de suas convenções, muitos ainda não sabem que quadros colocarão em votação entre seus filiados.

Apontado como um dos responsáveis por essa indefinição geral, o PDT decidiu ser o primeiro a fazer sua convenção. O PDT marcou sua convenção para o dia 10, um dia antes do PSDB, que decidiu reunir os convencionais no dia 11.

Apesar de abrir a temporada de convenções, o PDT ainda pode manter seus potenciais aliados em suspense. A reunião do dia 10 não deve ser conclusiva, afirmou o líder do PDT, deputado Luiz Carlos Martins.

Seria apenas o início da discussão para definir se o senador Osmar Dias será candidato ao governo do Estado ou se disputará a reeleição ao Senado. A decisão final pode ficar para a última hora, em nova reunião que, desta vez, seria apenas para os membros da executiva estadual.

A decisão de Osmar Dias influencia diretamente o cenário da convenção de, ao menos, outros cinco dos principais partidos do Estado (PSDB, PT, PPS, DEM e PMDB).

O PPS, por exemplo, também não marcou sua convenção, pois espera pela manutenção da aliança que reelegeu Beto Richa para prefeito de Curitiba, em 2008, com PSDB, DEM, PDT e PPS juntos.

“Mas se o grupo romper e tivermos mais de um candidato, nós também teremos candidatura própria”, disse o presidente do partido no Paraná, Rubens Bueno. Rachado, o DEM também não definiu a data de sua convenção estadual.

O presidente do partido, deputado federal Abelardo Lupion, apoia a candidatura do senador Osmar Dias ao governo do Estado, mas outros 10 dos 12 deputados do partido já declararam apoio a Beto Richa.

Até como uma forma de pressionar Osmar Dias para uma decisão rápida, o PSDB agendou sua convenção para o dia 11 - segundo dia permitido pela legislação eleitoral - e espera que, até lá, o senador pedetista já tenha respondido à proposta de aliança feita pelos tucanos.

“Ele tem uma proposta e vamos esperar o tempo que for necessário pela resposta. Mas acredito que não precisaremos esperar até a convenção”, disse o presidente estadual do partido Valdir Rossoni, que, para tirar o principal adversário de Beto Richa da disputa, ofereceu a Osmar Dais a vaga de senador na chapa tucana e a possibilidade de indicar o vice de Beto.

Mas o PSDB já tem o plano B de, se Osmar Dias não anunciar nada até o dia 11: deixar as vagas em aberto na sua convenção. Já o PT adotou uma estratégia diferente. O partido mostrou estar disposto a esperar pelo senador Osmar Dias e agendou sua convenção para o dia 26. “Nós também já fizemos nossa proposta para o senador. Mas, pelo jeito, ele vai levar até o dia 35 para escolher”, brincou o deputado federal André Vargas, coordenador de comunicação do PT nacional.

“A aliança, agora, não depende só de nós, já nos posicionamos há um ano e meio, abrindo mão de três das quatro vagas na majoritária e indicando Gleisi (Hoffmann) ao Senado. Marcamos a convenção para os 45 minutos do segundo tempo para dar todo o tempo para os partidos que quiserem vir conosco, sem pressa e sem pressão”, disse Zeca Dirceu, secretário de Relações Institucionais do partido.

Se não conseguir fechar com o PDT de Osmar Dias, o PT, em sua convenção, terá de optar ou por lançar candidatura própria ou por apoiar a reeleição do governador Orlando Pessuti (PMDB) que disse ter saído “candidatíssimo” da reunião que teve com o presidente Lula na última quarta-feira. O PMDB ainda não marcou a data de seu encontro estadual.

ParanaOnline

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