sexta-feira, 4 de junho de 2010

O "nepotismo" nas urnas

Pela ordem da foto, da esquerda para a direita: Eduardo Slaviero Pimentel (PSDB), neto do ex-governador Paulo Pimentel; Evandro Júnior (PSDB), neto do presidente do Tribunal de Contas e ex-deputado Hermas Brandão; Bernardo Ribas Carli (PSDB), filho do prefeito de Guarapuava, Fernando Ribas Carli e irmão do ex-deputado Carli Filho; Pedro Lupion (DEM), filho do deputado federal Abelardo Lupion; Anibelli Neto (PMDB), filho do deputado Antonio Anibelli Filho e Paulo Rosenmann (PSDB), filho do ex-deputado Max Rosenmann.
 São algumas das novas "carinhas" que prometem despontar no cenário político do Paraná. Todos eles com um "gordo" colégio eleitoral disponível, baseados principalmente na tradição familiar política. O sonho dos "caudilhos" é vê-los iniciando uma carreira pelos parlamentos e quem sabe, futuramente, disputado cargos executivos. O PSDB é o principal ninho dessa nova geração, que conta ainda com notáveis dentro do DEM e PMDB.

É uma espécie de "nepotismo" das urnas, onde o poder é passado de "pai para filho" ou de "avô para neto".
Algumas dessas novas lideranças já despontam como ativistas partidários, fazendo parte do Diretório municipal ou estadual. Boa parte herda até o nome de família para tornar mais fácil o esforço de marketing político, como é o caso de Pimentel, Anibelli, Rosenmann, Lupion, ou de certa forma, o prestígio e o "agasalho" da velha águia nos comícios e aparições políticas. É um salto de inexperientes políticos que não passam nem pelo crivo regional na busca de uma vaga na Câmara de Vereadores, mas que se lançam a vôos mais altos, aspirando na primeira vez um cargo na Assembleia Legislativa. Para eles é fácil começar com contagens magistrais de 20 a 30 mil votos para a arrancada. Tanto é assim que já se lançam em partidos onde o índice de votos para se eleger é altíssimo. Lupion fez 122 mil votos para federal; Rosenmann chegou aos 116 mil; Anibelli Filho 65 mil para estadual; Hermas Brandão sempre foi campeoníssimo e Carli Filho chegou aos 46 mil. Basta que o eleitor seja um pouco esquecido para cravar o nome ou o sobrenome consagrado em eleições anteriores. É lançar o nome e correr para a comemoração. E depois só esperar para ver o que acontece num mandato de quatro anos.
Exemplos antigos são muitos: Beto Richa, Gustavo Freut, Plauto Miró Guimarães Filho, Fernando Carli Filho, Stephanes Júnior, Alexandre Curi, Artagão Júnior e tantos outros.
Blog do Osni Gomes

Nenhum comentário: