Foi quase uma traição. Nem bem esfriou o momento eleitoral e já se anuncia a tentativa de volta da famigerada CPMF, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. A intenção do governo de retomar o tributo operou tal qual uma ducha gelada no sentimento da população. Hoje, comprovadamente, cada um de nós trabalha cinco meses do ano para entregar o seu sagrado dinheirinho aos cofres do poder público. Não há carga tributária mais alta no mundo - e eles ainda querem mais.
É de extrema maldade receber o voto no domingo e, em vez de enviar agradecimentos, o presidente da República - com a aval da eleita - , anuncia a ressurreição do “imposto do cheque”. O PT usará de todas as forças que tem para, ainda esse ano, aprovar no Congresso Nacional o projeto de lei. Na mesma posição está parte dos governadores dos estados que, sedentos por recursos, apóiam a iniciativa petista.
Segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, dos 27 eleitos, 13 são favoráveis, nove se declararam indecisos e cinco são contra: três do PSDB e dois do DEM. São eles: Beto Richa, do Paraná, Geraldo Alckmin, de São Paulo, Marconi Perillo, de Goiás, Raimundo Correa, de Santa Catarina, e Rosalba Ciartini, do Rio Grande do Norte. Segundo o jornal O Globo, a volta da CPMF não passa de “um capricho vingativo” de Lula. A vingança é contra quem? Contra o povo que lhe tem altíssima consideração e o aprova em 83%? Vingança contra a oposição, que está em frangalhos? É um erro de miopia.
Esfarrapada
Como sempre, a Saúde é usada como desculpa para aumentar a carga tributária extorsiva. A experiência aponta que, durante o período em que se cobrou a CPMF, o atendimento aos doentes era tão precário quanto hoje, senão ainda pior. Se Dilma cair nessa arapuca, perderá popularidade em um percentual apreciável já na largada de seu mandato.
Paraná online
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