quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Beto Richa lança R$ 410 milhões em obras rodoviárias estaduais





O governador Beto Richa anunciou a abertura de nove concorrências públicas, no valor global de R$ 410.155.280,21, para obras de manutenção e recuperação de rodovias estaduais em 2012. Os editais das licitações foram publicados nesta quarta-feira, em jornais de circulação nacional. 

Este é o maior lote de obras rodoviárias lançado até agora pelo Governo do Estado. As obras previstas beneficiam todas as regiões do Paraná. A abertura das propostas vai ocorrer entre 13 e 16 de fevereiro. “Os editais fazem parte de um grande programa de recuperação de rodovias que vamos fazer nos próximos dois anos, com investimentos superiores a R$ 700 milhões, atendendo toda a malha pavimentada do Estado”, explica Richa. 

Segundo o governador, o programa será coordenado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), e terá o acompanhamento direto das superintendências regionais do órgão em Curitiba, Cascavel, Maringá, Ponta Grossa e Londrina, que serão encarregadas de fiscalizar o cronograma de obras. 

“Temos um plano ambicioso de obras para todo o Paraná, que será desenvolvido a partir de agora com muito mais vigor, porque concluímos a arrumação da casa, com o pagamento de dívidas de administrações anteriores e o corte de despesas de custeio, que nos permitiu economizar pelo menos R$ 76 milhões neste ano”, afirma o governador Beto Richa. “Com o orçamento de 2012 direcionado fortemente para investimentos sociais e para obras de infraestrutura, vamos dar respostas muito positivas para as demandas da sociedade paranaense”, acrescenta. 

OBRAS – Os nove editais publicados nesta quarta-feira preveem a conservação e recuperação de 2 mil quilômetros de rodovias, nos próximos dois anos. As obras serão realizadas nos trechos da malha rodoviária paranaense que estão em pior estado. Eles receberão, além da recuperação convencional, uma camada de microrevestimento. 

O diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Nelson Farhat, informa que no mesmo período (2012/2013) serão investidos mais R$ 290,7 milhões na conservação rotineira de 8 mil quilômetros de rodovias. Essas obras serão divididas em 18 lotes, cujos editais deverão ser publicados nos próximos dias. 

Com esses dois programas, o governo cobrirá com obras de recuperação e manutenção toda a malha pavimentada do Estado, garantindo melhores condições para o transporte de cargas e ampliando a segurança de todos os que trafegam pelas rodovias paranaenses.

Mais informações sobre a morte do secretário de saúde Tárcio Rogério de Wenceslau Braz


Hoje por volta das 07:25 o Corpo de Bombeiro encontrou o corpo de Tárcio Rogério Dias de Oliveira que desapareceu nas águas da Represa Chavantes, na tarde de ontem (27).
Segundo o Delegado da Policia Civil de Siqueira Campos, Juliano Fonseca, que esta comandando as investigações: esta evidente que essa fatalidade foi um acidente provocado pela própria vitima, o corpo já foi encaminhado para o IML de Jacarezinho e nos próximos dias estaremos ouvindo as testemunhas, finalizou Dr. Juliano.
Segundo informações passadas a nossa equipe de reportagem, Tárcio estava sozinho no barco quando virou e as demais pessoas estavam nas margens da represa, quando viram o secretario cair e começar a se bater nas águas, por não ter outro barco montado, tentaram chegar a ele para socorrer nadando, mas não conseguiram chegar no local a tempo e o corpo sumiu nas águas.
O prefeito brazense, Atahyde Ferreira dos Santos Junior - Taidinho, decretou luto oficial por três dias.Ele estava em uma viagem na cidade de Curitiba quando recebeu a informação da morte do companheiro.
Tárcio  (34), era casado com Kelly, era proprietário  de um laboratório de análises clínicas.Além da viúva, deixa mais duas filhas.
O corpo possivelmente chegue para ser velado na parte da tarde de hoje,

Texto: Cristiano Savagin/Noticia Real

Mais informações.

O corpo do secretário de Saúde de Wenceslau Braz, Tárcio Rogério Dias de Oliveira, de 34 anos, foi encontrado por volta das 7h20, da manhã desta quarta-feira (28), na represa de Xavantes, no bairro Curumim, a 6 km do município de Salto do Itararé.
Ao amanhecer, amigos e populares deram início nas buscas utilizando uma tela de arame farpado para fazer um arrastão no local onde o barco virou, e em poucos minutos, as vestes do secretário enroscaram no arame.
De acordo com o subtenente Corrêa dos bombeiros, quando a equipe chegou no local para iniciar as buscas, o corpo já havia sido levado para a margem da represa.
“O local é de água parada, e tem no máximo 3 metros de profundidade”, disse o subtenente.
Segundo informações, Oliveira estava sem o colete salva-vidas e não sabia nadar.
O corpo foi encaminhado ao IML de Jacarezinho.

Encontrado o corpo do secretário de saúde de Wenceslau Braz

Foi encontrado as 7:25 desta manhã na represa de Xavantes o corpo do Secretário de Saúde de Wenceslau Braz Tárcio Rogério Dias de Oliveira.
No local diversos amigos e familiares de Tarcio estavam desolados. Toda área próxima de onde aconteceu o afogamento foi isolada para acesso.O delegado de Siqueira Campos, Dr Juliano, acompanhou todo o procedimento. O pessoal da funerária da Chiquinha também estavam no local e farão os procedimentos fúnebres.
O corpo foi encaminhado ao IML de Jacarezinho e acredita-se que deve ser liberado para ser velado ainda hoje.
Ele caiu do barco ontem por volta das 16:00 hs, onde estava pescando na represa de Xavantes, no bairro Curumim, em Salto do Itararé.Estava com ele seu tio o vereador Ni, o secretário de obras Gentil Gomes e um funcionário da Denorpi conhecido como Roberto. 
Tarcio tinha 34 anos, deixa duas filhas e viúva a Kelly Teixeira, pessoas tradicionais em Wenceslau Braz.

Fonte: http://ariozil.blogspot.com/

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Morre o secretário de saúde de Wenceslau Braz, Tárcio Rogério Dias de Oliveira


Foi confirmado por volta das 17:30 Hrs do dia de ontem 27/12 a morte do secretário municipal de saúde  de Wenceslau Braz, Tárcio Rogério Dias de Oliveira, que estava na Represa Chavantes pescando junto com o seu tio Valdenir Ap. Pontes, Roberto da Denorpi e José Gentil.
Quando uma marola bateu no barco e o Tarcio acabou caindo e não conseguiu voltar para a embarcação sendo arrastado pelas correntezas e sumindo seu corpo nas aguas.
A policia de Wenceslau Braz foi comunicada pelo Roberto da Denorpi por volta das 16:30 Hrs, e rapidamente foi acionado o Corpo de Bombeiro e a Defesa Civil, mas nas buscas não obtiveram êxito, as buscas serão retomadas  na manhã de hoje com auxilio de mergulhadores de Santo Antônio da Platina.

Fonte:http://www.noticiareal.com.br
 Com Informações: Cristiano Savagin/Noticia Real



Tárcio Rogério Dias de Oliveira era secretário da saúde de Wenceslau Braz desde o início do mandato do Prefeito Athayde Ferreira Pinto, mais conhecido como Taidinho.

Região se une por investimento de R$ 6 bi da Klabin

Doze municípios da região dos Campos Gerais, numa iniciativa inédita, formam um consórcio para disputar um investimento de quase R$ 6 bilhões da Klabin, que é a maior fabricante brasileira de papeis para embalagens e que já possui um grande complexo fabril em Telêmaco Borba. 


Essas cidades fazem parte da Agência de Desenvolvimento Regional da Cadeia Produtiva da Madeira, e seus prefeitos estão sendo orientados a enviar para as Câmara de Vereadores projeto de lei de autoria do Executivo prevendo a partilha do ICMS da nova fábrica da Klabin.

Apesar da Klabin não revelar em qual cidade será construída a nova fábrica, a Agência de Desenvolvimento Regional da Cadeia Produtiva da Madeira sugeriu que representantes dos 12 municípios que fazem parte da Agência enviem uma mensagem à Câmara de Vereadores solicitando a análise do pedido que prevê a partilha do valor adicionado da nova fábrica. A ideia é que todos os municípios que fazem parte da cadeia produtiva da madeira sejam beneficiados com o novo investimento da Klabin. Tradicionalmente, o ICMS fica com o município em que é instalada a fábrica.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O Dragão e a Serpente

Começa hoje a última semana de 2011 e com ela apressam-se as resoluções de ano novo, as previsões dos búzios, de pais e mães de santo, os desígnios do horóscopo chinês para o Ano do Dragão e tantas outras mandingas.
Por fé ou simples diversão, poucos são os que descartam a quase infinita parafernália para se enxergar o futuro. Talvez porque nelas, crédulos e incréus demonstrem o sentimento mais simples: o de esperança. E por dias melhores, é claro.
Na política, nem adianta esperar por reformas. A mãe de todas passou mais um ano em debate, mas ainda está longe do plenário da Câmara dos Deputados. E lá não chega em 2012, ano que dura só meio devido às eleições municipais de outubro. A tributária, essa sumiu.
Muito menos têm chances de prosperar apostas em mudanças do modus operandi do poder executivo – sempre o dono da bola, seja na União, nos estados ou nos municípios -, da Câmara, do Senado e das demais casas legislativas do país. Nem mesmo da Justiça, cada vez mais tardia e falha.
Reforma ministerial com o fim das sesmarias partidárias, punição para entes públicos que surrupiam dinheiro do contribuinte, só serão preditos por charlatães. O mesmo vale para preços condizentes e sem aditamentos contratuais nas obras da Copa ou novas regras para ONGs. E ainda para a administração eficiente da gestora-mor Dilma Rousseff. Ela, ao que parece continuará protegendo os seus dos “malfeitos” com os quais diz não compactuar.
Mas quem sabe 2012 surpreende a todos com soluções para outras pendengas, algumas delas arrastando-se há anos. A começar pelo julgamento do mensalão, maior escândalo da história contemporânea da República, com 38 réus, tendo à frente o ex-ministro José Dirceu, definido como chefe da quadrilha pelo procurador-geral.
Dizem os mais otimistas que o STF pode julgá-lo ainda no primeiro semestre. Se assim não for, acabará, de novo, na listinha de expectativas para o outro ano, o de 2013.
Outra boa nova: a lei da Ficha Limpa pode entrar para valer, vetando condenados de disputarem votos. Seria um grande avanço vê-la funcionar nas eleições para prefeitos e vereadores das 5.565 cidades brasileiras. Admitir que o país precisasse de uma legislação adicional para vedar o óbvio é danado. Mas dá ânimo imaginar que, enfim, o eleitor poderá ter mecanismos reais para impedir que bandidos se apresentem para representá-los.
Já será um ano e tanto se pelo menos essas duas expectativas – julgamento do mensalão e a lei da Ficha Limpa – se realizarem. Do contrário, melhor saltar direto para o Ano da Serpente.
Feliz ano novo.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Falta água em Jaguariaíva terra da água boa

Depois de quinze dias com água vindo só de madrugada hoje moradores do bairro alto receberam caminhão pipa.

RPCTV

Feliz Ano Novo são os votos do blog Fique por dentro Jaguariaíva

Mais um

ano se passou ...

E estamos nós aqui, juntinhos!!

Como foi bom contar com o carinho

e a amizade de você.

Todas as palavras ditas, as mensagens enviadas,

Valeram e muito!!

Meu coração hoje transborda de alegria...

Pois chego ao final deste ano,

Com a certeza de que alcancei

muito além de meus objetivos.

Quantos Amigos deixaram de lado seus afazeres

para dar atenção as minhas Mensagens?

Quantos Amigos se manifestaram também

com os seus textos e Mensagens, para mim?

Quantos Amigos Virtuais se tornaram Muito Mais que Reais?

A quantos Amigos consegui levar uma palavra de Fé e Esperança?

A quantos Amigos consegui levar um pouco de Paz?

Em quantos Amigos eu consegui fazer desabrochar um sorriso?

Em quantos Amigos eu consegui despertar mais Amor?

Sei que é muito difícil obter todas estas respostas ...

O importante é ter a certeza que,

posso não ter atingido a todos aqueles que eu gostaria ...

Mas consegui chegar bem mais perto

de muitos corações, como o seu!!

Esta Mensagem é especial para Você Amigo(a): leitor deste blog

Que caminhou ao meu lado!!

Que me deu força!!

Que acreditou em mim!!

Que também me proporcionou

muitos momentos de emoção com suas palavras !!

Que me fez sorrir e até gargalhar

com suas mensagens de humor !!

Que passou a fazer parte da minha vida,

e do meu dia-a-dia!!

A Você, que já não sei como ficar longe, por muito tempo,

Pois sinto a falta de cada um,

como se ao meu lado sempre estivessem.

Obrigado por Você Existir!!

E quando olhar para Céu, e uma Estrela se mostrar mais brilhante

acredite, é o Menino Deus, nos abençoando!!

Desejo a você, muita Paz, Amor, Saúde e Prosperidade,

Extensivo aos seus familiares.

Muita Paz em seu Coração!!

Feliz Ano Novo

São Os Mais Sinceros Votos do blog Fique por Dentro Jaguariaíva!!!

Feliz Natal e Feliz Ano Novo




"O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento como se a receita de felicidade fosse o AQUI e o AGORA.

Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais..., mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho?

Quero viver bem! Este ano que passou foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal. As vezes a gente espera demais das pessoas. Normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal.
O ano que vai entrar vai ser diferente. Muda o ano, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que desejo para todos é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em boa experiência! Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim... Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3. Ou mude-o de classe, transforme-o em colega. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.

O nosso desejo não se realizou? Beleza, não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro): CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE.
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam bem diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial.

O ano que vai entrar pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. O ano que vai entrar pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você! Pode ser. E que seja!!!

Feliz olhar novo!!! Que o ano que se inicia seja do tamanho que você fizer.
Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles!"

Autor: Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Stand By Me - Artista de Rua de Todo o Mundo

Fábio: Um exemplo de vida


"Lógico que eu gostava de andar. Não posso mais.

Beleza! Não é isso que vai me limitar."

Era 12 de novembro de 2003, Fábio e o irmão voltavam de Jaguariaíva quando foram surpreendidos por uma manobra imprudente de um motorista que trafegava em sentido oposto. O veículo de Fábio perdeu o controle e capotou a beira da pista. Seu irmão sofreu apenas leves escoriações. Já Fábio, como ele mesmo diz, teve a sorte de sair com vida. Mas em decorrência do acidente teve uma lesão na medula que o impediu de andar. Mesmo diante das dificuldades, Fábio encarou o desafio de viver em um mundo feito quase que exclusivamente para pessoas que andam.
 O acidente mudou radicalmente sua maneira de enxergar o mundo e o aproximou ainda mais de Deus. A Pixy quis saber como Fábio fez para ser uma pessoa bem resolvida e consciente de suas limitações físicas, sem deixar de bem viver a vida.

* Entrevista publicada originalmente na Revista Pixy 6.
Pixy – Como era o Fábio antes do acidente?
Fábio – Antes vivia só pensando em ganhar dinheiro, não tinha humildade, era egoísta. Mas nunca fui de pensar no ontem, sempre pensei no amanhã. Sempre em olhar para a frente, nunca para trás. Eu era muito individualista e hoje já penso em viver melhor. Já penso mais nos outros do que em mim.

Pixy – E, como é natural da juventude, você se achava indestrutível?
Fábio – Achava sim, me achava o "bonzão", briguento, enfim, me achava o tal. Ninguém podia ralar em mim. Jogava bola, gostava de acampar, escalar, mas não fui muito baladeiro, de bagunça. Gostava de aproveitar a juventude. Eu fui escoteiro durante 12 anos em Curitiba e sempre acampava na serra do mar, fazia montanhismo. Sinto mais falta disso, do verde, do campo e devido às minhas circunstâncias físicas isso hoje diminuiu.

Pixy – Como é que foi o seu acidente, o que é que exatamente aconteceu?
Fábio – Eu estava trabalhando na hora do almoço e fui buscar um carro em Jaguariaíva na loja do meu irmão, pois um cliente daqui queria ver o carro. Fui de carona até Jaguariaíva e voltei com o carro. Nessa volta, um outro veículo na rodovia me fechou, me pôs para fora da rodovia, capotei e o cara foi embora sem prestar socorro. Mas hoje já posso dizer que perdoei o cara, não tenho nenhuma mágoa dele.

Pixy – E o que você sentiu no momento do acidente? Você chegou a apagar? Você lembra de alguma coisa?
Fábio – Apaguei, só lembro que eu acordei no hospital depois de oito horas lá em Curitiba. Tive amnésia temporária devido ao trauma do acidente. Só lembro do momento da freada e mais nada. Nem da dor eu lembro. Eu acordei quando estava dentro da tomografia, nu, e pensei: "Meu Deus o que é que eu tô fazendo aqui?". Fui tentar sair da maca e vi que a minha perna já não obedecia. Eu tive muita dor nessa hora. Me deram morfina, fui novamente anestesiado e acordei depois de três horas, já de madrugada, no quarto. Daí eu vi que meu pai estava na porta. Fui tentar levantar e novamente vi que a perna já não estava obedecendo mais.

Pixy – E qual foi a tua sensação nesse momento? O que te passou pela cabeça?
Fábio – Pânico. Eu tive muito pânico. Ficava pensando: "O que é que eu faço agora?". No momento não chorei, assimilei rapidamente a minha situação. Pela educação do meu pai, eu tive aquela ideia de ter que enfrentar esse problema, como homem. Nunca fui "cagão", medroso. Já que estou aqui nessa situação, vamos enfrentá-la. Vamos fazer fisioterapia, tentar voltar a andar. E lógico, depois de uns três, quatro dias quando cai a ficha, você chora. Mas não adianta se entregar e ficar em um quarto chorando.

Pixy – Qual foi a tua lesão?
Fábio – Foi uma lesão baixa. Eu não sou nem paraplégico, eu sou paraparético. Que é uma lesão baixa e incompleta. Minha lesão foi 1mm na coluna torá-xica em C7, C8. Eu consigo ficar um pouquinho em pé, andar com o andador. Sem aparelhos eu não ando.

Pixy – Muitos casos de sequelas de acidentes são em decorrência do mau atendimento pré-hospitalar. Você define que a sua lesão foi motivada por isso ou foi exclusivamente pelo acidente?
Fábio – Posso dizer que tive um ótimo atendimento. A minha condição não foi por falta de um bom socorro não. Eu tive sorte porque na mesma hora passava por ali um casal de médicos de Guarapuava. O meu irmão, que sofreu apenas ferimentos leves, saiu do carro para buscar ajuda, pegou uma carona até Jaguaríaíva, ligou para o meu pai e conseguiu uma ambulância. Nesse meio tempo enquanto eu esperava a ambulância, esse casal de médicos me socorreu e me imobilizou. A ambulância chegou, eu estava de bruços no mato, me pegaram com cuidado e colocaram o colete cervical. O atendimento foi perfeito. O casal de médicos eu nem cheguei a conhecer quem era e até hoje não sei. Posso dizer que tive muita sorte.

Pixy – E como foi esse período pós-acidente, depois que os médicos te deram alta?
Fábio – Eu não conseguia sentar e nem ficar em pé. Saí do hospital numa maca e fui para um hotel adaptado em Curitiba. Fiquei nesse hotel durante um mês. Minha mãe e a minha esposa tinham que dar banho em mim. Eu tinha voltado a ser criança. Além da lesão medular, eu fraturei três costelas e o braço esquerdo. Então eu tinha só um braço bom. Para piorar, eu tive uma infecção hospitalar. Depois de quatro meses, voltou a bactéria, quando eu tive que fazer uma nova cirurgia para retirar ferragens, pinos. Só por Deus, quase morri de infecção hospitalar.

Pixy – Em algum momento, diante dessas inúmeras dificuldades, você chegou a questionar Deus e de se perguntar: por que comigo?
Fábio – Eu lembrei de Jó. Quando Jó perdeu tudo e ficou cheio de feridas. Me espelhei nessa história. Graças a Deus, nunca blasfemei.

Pixy – Mas a tua relação com Deus mudou depois do acidente? Ficou mais próxima?
Fábio – Mudou sim, fiquei mais íntimo de Deus. Sempre tive Deus. Tinha Deus antes e tenho agora também. Lógico que a minha situação fez eu procurar mais por Ele. Como eu já disse tenho orgulho e repito para vocês que nunca me questionei: "Deus, por que eu?" Nada acontece sem a vontade de Deus. Para mim Deus é maravilhoso e em vez de ficar reclamando, eu sempre pedi a Ele que me curasse, que me tirasse do hospital, curasse a minha infecção e graças a Ele eu tive muitas curas. No começo eu não conseguia nem ficar sentado e depois de seis meses de fisioterapia eu voltei a ficar em pé e a andar com aparelhos e a ficar sentado na cadeira de rodas. Eu também me questionava e achava que o meu casamento estava acabado porque acreditava que não poderia ter relacionamento com minha mulher. Mas nada disso aconteceu, Deus me restaurou. Logo após o acidente, eu já percebi que não havia afetado a possibilidade de ter relacionamento sexual. O que eu não posso esquecer de contar também é que durante um ano eu tive que usar fraldas, pois eu fazia as necessidades nas calças e isso para um homem é humilhante. Hoje eu sinto minha perna esquerda, mas não sinto a direita. Mas Deus foi me libertando de muitas dessas dificuldades

Pixy – Quais foram as suas principais motivações logo após o acidente?
Fábio – Foi Deus e minha família, principalmente minha esposa. Sempre pensei em olhar para a frente, seguir meu caminho. Já que estou assim, vou procurar enfrentar e resolver o problema. Eu também tive dois exemplos, um deles é o Luiz Mário Possatto, que é um cara que há muito tempo é tetraplégico. Eu pensava que já que estava assim, eu queria me espelhar em gente que vivia a mesma situação. Eu me inspirei muito no Luiz Mário e também no Herbert Vianna (líder dos Paralamas do Sucesso). Eu procurei os dois. O Luiz Mário é excepcional, ele cuida de três fazendas em uma cama. Vai de manhã, trabalha na fazenda dele e volta. Continua na ativa. Então foi nesses dois espelhos de força que eu me agarrei.

Pixy – Falando em Herbert Vianna, na festa dos 50 anos da Capal você teve a oportunidade de conversar com ele. O que é que rolou?
Fábio – Na verdade só ele me perguntou. Eu queria saber dele, mas ele queria saber de mim (risos). Ele perguntou quem eu era, quantos anos eu tinha, qual tinha sido a minha lesão. Perguntou tudo sobre a minha vida. Falei do Luiz Mário para ele também. Na verdade eu não consegui perguntar nada para ele. Mas pelo menos tive o prazer de falar da minha vida.

Pixy – Quando você ficou nessa situação de cadeirante você teve que reaprender muitas coisas. O que foi mais difícil nesse processo?
Fábio – Foi dirigir carro. Uma coisa legal foi quando eu tomei banho pela primeira vez, após 30 dias do acidente, eu chorei muito. Depois de 11 meses eu chorei quando consegui ficar em pé e quando eu voltei a dirigir, após 4 anos.

Pixy – Na novela da Globo "Viver a Vida", a atriz Alinne Moraes interpretou uma personagem que havia ficado tetraplégica e que passou por esse processo de recuperação e todas essas dificuldades. O que você acha que essa exposição na mídia traz de positivo?
Fábio – Quebra de preconceito.

Pixy – Você chegou a sentir isso na pele?
Fábio – As pessoas olham você como um doente. Com a novela, ajudou a expandir um pouco a visão das pessoas.

Pixy – E como é não andar em um mundo feito para quem anda?
Fábio – Em nossa cidade, os lugares ainda não são adaptados, infelizmente. Mas o que mais atrapalha é essa falta de respeito com o próximo. Quando alguém vai planejar alguma construção, ele tem que pensar na acessibilidade para os cadeirantes, uma rampa, um banheiro adaptado.

Pixy – Você acredita que isso melhorou recentemente?
Fábio – Melhorou pouco. Ainda está muito devagar. Acho que isso é mais um problema geral do Brasil. Fora do país já é diferente. Eles te tratam com respeito, educação. Eu acho que as pessoas precisam de mais consciência. Vou dizer algo bíblico: "primeiro amar a Deus e depois amar o próximo". O que falta é justamente esse amor ao próximo. Se tivéssemos mais amor ao pró-ximo não teríamos buracos na calçada, um degrau na rua, um banheiro não adaptado.

Pixy – Mas você possuía essa visão antes do acidente?
Fábio – Não tinha. Nunca imaginei estar assim numa cadeira de rodas. Quando acontece isso, nós vemos que a vida da gente não passa de nada. Se tem um muro em minha vida, eu não vou re-cuar, eu vou enfrentá-lo. Para mim é um desafio dia a dia estar numa cadeira de rodas.

Pixy – Como é o teu dia a dia hoje?
Fábio – Acordo sozinho, pulo para a minha cadeira de banho, que é de rodas também, faço minha barba sozinho, escovo meus dentes sozinho. Faço todas as minhas necessidades fisiológicas sozinho. Me troco, vou para o meu carro adaptado e venho trabalhar. Tenho uma vida normal.

Pixy – Então hoje você alcançou a independência?
Fábio – Total não, mas parcial sim. Tem dias que eu viajo sozinho, vou e volto.

Pixy – E nessas viagens, retorna algum trauma do acidente?
Fábio – Não, porque eu não me lembro de nada. Não tenho medo não, já foi superado esse trauma.

Pixy – Tem uma entrevista com um famoso surfista o Taiu que ficou tetraplégico, e perguntaram para ele se as pessoas ficavam olhando por causa da cadeira. Ele respondeu que as pessoas não olhavam com pena para ele, porque a cadeira dele era moderna devido a condição financeira. Você acha que a tua condição financeira te favorece a enfrentar esse problema com mais facilidade?
Fábio – Acho que não tem nada a ver. A minha condição financeira fui eu que criei. Deus me deu sabedoria e com ela eu pude conquistar essa condição de ter uma "vida boa". Mas eu abriria mão de tudo o que eu tenho para voltar a andar.

Pixy – Então se alguém chegasse e dissesse que você iria recomeçar a sua vida numa favela e que voltaria a andar, você toparia?
Fábio – Sem dúvida, eu toparia.

Pixy – Existem pessoas que não possuem nenhuma condição financeira e tem que encarar o mesmo problema. Como é que você vê isso?
Fábio – Lógico que é bom você ter uma cadeira moderna. Mas você ter ou não ter dinheiro, isso não vai fazer você andar ou não andar. Então isso não te facilita em nada. A pessoa tem que procurar os seus direitos, como eu fiz. Se o cadeirante buscar os seus direitos, ele consegue ter as mesmas condições que alguém com dinheiro terá. Se di-nheiro me desse saúde, eu compraria a minha cura hoje. É claro que futuramente a cura será possível.

Pixy – E qual é essa sua expectativa de cura?
Fábio – Eu vejo por dois lados. Um é o milagre de Deus em minha vida, ou Deus dando à medicina condições de curar as pessoas. Eu vejo um bom futuro para todos nós cadeirantes. Acre-dito que isso vá se realizar em 5 ou 10 anos.

Pixy – Você não é conformado com a sua atual situação de cadeirante?
Fábio – Eu não aceito e nunca vou acei-tar. Tenho ambição de voltar a andar. Eu não nasci assim. Então vou sempre lutar para melhorar.

Pixy – Com que expectativa você acompanha essa evolução da medicina, principalmente o estudo com células-tronco?
Fábio – Tenho acompanhado e acredito que é por aí que vem a cura. Só que muitas vezes dá a impressão de que os laboratórios não veem vantagens em dar para a gente condição de cura, porque para eles é mais fácil te vender um remédio para a dor, do que te dar a cura. É muito mais lucrativo. Na minha visão, o Brasil teria que investir mais na prevenção de acidentes. Mas a cura vai existir, é questão de tempo.

Pixy – Vimos várias fotos de você praticando rafting. Como é esse seu lado aventureiro pós-acidente?
Fábio – O Joel um bombeiro da Inpacel (Stora Enso) um dia me convidou para praticar rafting em Jaguariaíva. Ele me perguntou o que eu achava de fazer rafting e também pular de paraquedas. Eu não hesitei e falei que topava. E fui fazer os dois. Eu tava cansado daquela mesma rotina e disse: "quer saber de uma coisa, tô dentro". Foi num domingo, me arrumei, não tive vergonha que me pegassem no colo e muito menos medo de enfrentar o desafio. Cheguei lá e recebi uma instrução do que poderia acontecer caso o barco virasse e por um acaso, o barco chegou a virar e só eu consegui me segurar nele. Todo mundo que andava caiu fora do barco, menos eu (risos). Nós temos que enfrentar as coisas de frente. Ter realmente coragem e seguir adiante. Não olhar para trás e não se lamentar. Lógico que eu gostava de andar. Não posso mais, beleza, não é isso que vai me limitar. Então foi um desafio, fui lá encarei. Foram 6 horas de rafting. Com o paraquedas, eu também encarei. Eu tinha medo de altura, mas fui lá com coragem e me joguei de uma altura de 36 mil metros, junto com o instrutor. Foi bem punk o negócio. Senti o medo só de como chegar ao chão, de dobrar ou quebrar a perna. Quando chegamos no chão, não foi tranquilo, nós rolamos, mas graças a Deus, não quebrei nada e tô aqui vivo até agora. E ainda por cima faria tudo de novo.
Pixy – E qual é agora a próxima aventura?
Fábio – O meu maior desejo agora é ser pai. Eu tenho esse sonho. O acidente me trouxe uma sequela de não poder ejacular, o sêmen acaba voltando para a bexiga. Eu tenho a ereção normal tudo, mas sem ejaculação. E para conseguir ser pai, eu tenho que fazer o tratamento para fertilização in vitro.

Pixy – Geralmente o cadeirante, devido as limitações, é uma pessoa que perde um pouco a forma física, mas vejo que você mantém a forma. Qual o segredo?
Fábio – Eu faço 5 horas semanais de fisioterapia e hidroterapia, além de manter uma dieta alimentar balanceada.

Pixy – Para concluir, você gostaria de deixar uma mensagem de incentivo para as pessoas que enfrentam dificuldades e passam por grandes problemas?
Fábio – Primeiro lugar buscar a força em Deus. Depois acreditar em você mesmo. Existe uma parábola na internet em que duas criancinhas pequenas estava brincando em um lago congelado. Uma delas caiu dentro e a outra tentou socorrer. Ela pegou o seu patins de patinação e quebrou o gelo em volta e conseguiu resgatar o seu amiguinho. Depois os bombeiros chegaram ao local e cons-tataram que aquilo era impossível. Na ótica deles, como uma criança com as mãozinhas frágeis tinha conseguido quebrar o gelo? O que acontece é que enquanto não chega alguém e diz que aquilo é impossível, nada é impossível. Então eu digo assim para as pessoas: "acredite em si próprio, não deixe as pessoas acreditarem que aquilo que você quer é impossível, porque uma hora você vai conseguir. Tudo é possível para aquele que crê".