domingo, 30 de dezembro de 2012

O que se espera da nova composição da Câmara Municipal do Jaguariaíva


A Câmara Municipal do Jaguariaíva iniciará uma nova legislatura com o número de vereadores ampliado, novos e velhos vereadores, velhos problemas e muitos desafios.

Com mais vereadores esperamos que o Poder Legislativo seja diversificado em sua representatividade social e que permita que os representantes políticos se aproximem mais das causas e das lutas cotidianas do povo. Dos atuais vereadores, apenas três foram reeleitos. Dos 13 eleitos, 8 exercem mandato pela primeira vez. Esse quadro de novidades que cerca a composição da Câmara Municipal do Jaguariaíva não esconde a preocupação de muitos com o comportamento político que terão os vereadores.

Espera-se que a Câmara Municipal, preservando sua autonomia em relação ao Poder Executivo, seja capaz de realizar um debate imparcial, sem negociatas. Cumpra seu papel fiscalizador e estimule a participação da população no processo de discussão e aprovação das leis. Com isso, a Câmara fortalecerá a democracia e contribuirá para a formação da cidadania ativa. Cidadania que espera dos seus representantes os exemplos de ética e honestidade na relação com a coisa pública.

O parlamento é o espaço próprio do debate e das discussões dos grandes temas que envolvem o desenvolvimento local, as políticas públicas e os regulamentos de promoção e controle dos espaços urbano e rural. Nesses termos, espera-se da nova Câmara um debate qualificado, que se ponha acima dos interesses pessoais ou paroquiais. Transformar ideias e sínteses do debate em leis que assegurem direitos para o bem-estar do conjunto da sociedade e em projetos para o desenvolvimento sustentável de Jaguariaíva deve ser a energia orientadora de uma agenda positiva a ser construída.

Para que a nova Câmara cumpra o processo legislativo em um ambiente democrático, como deve ser, as regras do seu funcionamento precisam estar bem explicitadas na Lei Orgânica e no Regimento Interno. Esses dois instrumentos legais requerem inicial atenção, tendo em vista que a revogação de inúmeros artigos da Lei Orgânica, através da Emenda, cassou direitos de servidores municipais, subtraiu direitos da participação popular e reduziu o poder fiscalizador da própria Câmara. O Regimento Interno, por sua vez, carece de atualização para redefinir o conjunto das Comissões Permanentes e conferir importância aos seus pareceres, estabelecer prazos de tramitação dos projetos e impor respeito ao próprio processo legislativo.

Além dessa análise dos aspectos formais da nova Câmara e das medidas inovadoras aqui discutidas, espero que a legislatura que se inicia em 2013 traga novas práticas políticas e não seja submissa.
Espero que os candidatos que ganharam façam valer a confiança que as pessoas depositaram neles em trazer melhorias para nossa cidade, que os compromissos assumido com o povo não fiquem apenas nas promessas de campanha.
Abaixo deixo os nomes dos vereadores eleitos para a população cobrar afinal nós somos o patrão.

Adilson Gordo 

PT Partido dos Trabalhadores
Alencar 'Samirzinho 
PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Iracema 
PDT Partido Democrático Trabalhista
Marquito 
PSDB Partido da Social Democracia Brasileira
Juninho Pemac 
DEM Democratas
Rafa do PR 
PR Partido da República
Leomar 
PP Partido Progressista
Dr. Gilberto 
DEM Democratas
Nelci Fotografa 
PT Partido dos Trabalhadores
Sandra Negrini 
PSC Partido Social Cristão
Nenzo 
PTB Partido Trabalhista Brasileiro
Pastor Valdemir 
PTB Partido Trabalhista Brasileiro
Dr. Edilson 
PPS Partido Popular Socialista

Acredite nos seus sonhos Feliz Ano Novo


Os sonhos são as melhores partes da realidade então… acredite neles! Que você possa realizar todos os seus sonhos no ano que está por vir!  Que neste novo Ano que se inicia você possa encontrar: Amor, paz, saúde, felicidade, luz, Sucesso e prosperidade! Com muito carinho e esperança no coração.  Que o amor, a paz e a felicidade façam parte da vidas de todos neste novo ano que está se iniciando, são os votos do Blog Fique por Dentro Jaguariaíva.
Boas Festas!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal

Toda chegada de Natal, temos sempre uma única preocupação, preocupamo-nos com os presentes, a ceia, as roupas que iremos usar ou não, se iremos viajar ou não e no badalar da 00h00 nos posicionamos no velho ritual de agradecimentos e nas distribuições dos presentes.

Mas esquecemo-nos de algo importante que a força desse momento encantado somente se torna luz verdadeira no iluminar das nossas reflexões. Esquecemos de natais e passagens de Ano que nos foram gratificantes ou não, queremos esquecer o que foi ou como foi e é talvez por isso, que ficamos sempre na mesma, cometendo os mesmos erros idos.

São as razões incontidas no nosso coração, são nossas emoções novas agora vividas que nos faz esquecermo-nos de tudo. Refletir o que passamos e o que foi vivido pode não ser importante, mas é. É importante essa reflexão, porque tudo que ficou foi válido: as nossas dores, sofrimentos e alegrias foram sentimentos de experiências vividas.

Ganhamos novas amizades, perdemos velhas amizades e nem questionamos o porquê perdemos. Temos novos ombros para desabafar nossas mágoas e deixar cair nossos prantos... Esquecemos quantas vezes o outro ombro nos foi útil um dia. 
As palavras de carinho e apoio que foi dirigida nas horas mais doidas para que ficássemos em pé e seguíssemos em frente... Nesse ombro e nesse abraço encontramos um dia a compreensão perfumada em gestos e em palavras que nos trouxe a paz aquecendo o corpo energeticamente temperando os nossos sonhos.

Esquecemos o que perdemos e porque perdemos. Esquecemos o que foi que conquistamos até agora... Olhar para trás, é reviver erros e acertos vividos.
Lembrar e agradecer a Deus por não estarmos ao relento com nossas famílias mesmo que esse abrigo seja humilde...
Que tem uma cama para o corpo cansado repousar, enquanto tantos têm o céu como teto, como cama o banco da praça, como coberta jornais...
Agradecer por poder ter amigos e ter com quem ceiar dignamente por mais simples que seja essa ceia, agradecer por ter um trabalho por mais humilde que seja.

Agradecer por todos os amigos que cativou e por aqueles que te cativaram, por amores e paixões conquistadas, pelos os amores e paixões perdidas porque teve a oportunidade de sonhar mesmo que depois tenha tido lágrimas.

Agradecer por ter com quem compartilhar a alegria desse dia e poder abraçar as pessoas que ama, enquanto tantos não têm quem abraçar. Lembrar que a humildade é uma das grandes virtudes que Deus nos ofertou para exercitarmos todos os dias. 

Que esse seu Natal seja um Natal de reflexões e de verdadeira alegria, paz, luz e muito amor, Feliz Natal são os votos do Blog Fique por Dentro Jaguariaíva.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Jaguariaívense João Marcos conquista vaga na seleção Brasileira de Judo


Na Seletiva Nacional Sub 18 e Sub 21 realizado na cidade de Vitória, no Espírito Santo, quatro judocas da equipe Palmeiras/Mogi conquistaram vaga na seleção brasileira de base:

Entre ele está o jovem Jaguariaívense João Marcos Cesarino (quarto da esquerda para a direita em pé) João Marcos começou sua carreira com os treinadores  Fagner, Sensei Jode e Luciana, João foi  ex aluno do Colégio Neo Max e Dom Bosco de Jaguariaíva.

Os outros três são Tácio Santos, Nyckson Carneiro, e Vitor Torrente.

Segundo palavras do diretor de judô do Palmeiras/Mogi, Edson Puglia, "Resultado excelente! 2012 sem dúvida foi mais um presente de Deus. Obrigado à todos". e ainda complementa: "Se você se propõe a a fazer algo, faça com amor, seja perseverante, guerreiro que com certeza colherá bons frutos!"

Nós Jaguariaívense sentimos orgulho de ter um representante na seleção Brasileira de Judo.
Parabéns João Marcos, e que essa  nova etapa seja cheia de vitórias!!!!



sábado, 8 de dezembro de 2012

Justiça Eleitoral irá diplomar segundo colocado nas Eleições 2012, em Itararé



Cristina Ghizzi, do PT, fica com a diplomação até decisão do TRE.
Cesar Perucio foi o mais votado, mas a candidatura está impugnada.



O juiz eleitoral Fernando Oliveira Camargo, de Itararé (SP), marcou para quinta-feira (13) a diplomação de vereadores, prefeito e vice-prefeito eleitos na cidade. Para o cargo de prefeito, a nomeação será dada à candidata Cristina Ghizzi, do PT, a segunda colocada em número de votos válidos. Isso irá ocorrer porque Luiz Cesar Perucio, do DEM, atual prefeito e candidato à reeleição como mais votos teve a candidatura impugnada. Ele recorre da impugnação junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), mas a analise ainda não foi concluída.
O documento assinado pelo juiz está afixado no cartório eleitoral da cidade. No edital, o magistrado definiu que um dia antes da diplomação, por tanto, na quarta-feira (12), fará o processo de retotalização dos votos. Isso significa que os votos dados ao candidato que ocupa o primeiro lugar são zerados e o sistema passa a reconhecer o segundo colocado como vencedor da eleição. De acordo com o chefe do cartório eleitoral, Anderson Alves, essa decisão é um processo normal, já que houve a sentença de cassação do registro. Segundo colocado é diplomado pelo menos até a decisão final do Tribunal.
Ainda de acordo com o chefe do cartório, caso o TRE julgue o caso e decida não cassar os direitos políticos de Cesar Perucio, ele então será diplomado e assumirá a prefeitura da cidade.
No último pleito, realizado em 7 de outubro, quatro candidatos disputaram o cargo de chefe do executivo. O atual prefeito, da coligação ‘União e Crescimento’, que reúne os partidos PTB,DEM e PSB, recebeu 9.169 votos, o que representa 34,03% dos votos válidos. O segundo colocado em votação foi Cristina Ghizzi, da coligação ‘Uma Itararé para Todos’, com 30,33% dos votos válidos (8.173). O terceiro mais votado foi Heliton da Junitex, do PSDB, com 7.243 votos válidos (26,88%). Em quarto lugar ficou o candidato do PP, Dona Bila Fadel, com 2.360 votos, o que representa 8,76% dos registros válidos.

A Justiça Eleitoral cassou a candidatura de Perucio após denúncia do Ministério Público por abuso de poder político e econômico durante a realização de uma festa que durou dois dias. A Justiça ainda cassou o registro da candidatura do vice-prefeito Kiko Unical, do PTB. Advogados da coligação recorreram ao Tribunal Regional Eleitoral. De acordo com o secretário de governo de Itararé, Paulo Perucio, o candidato cassado e os advogados aguardam a decisão do TRE.
De acordo com a Justiça Eleitoral, só seria realizada uma nova eleição, se no momento da retotalização, os votos válidos atingissem mais de 50%. Como não é o caso, assume a segunda colocada.
Cristina ghizzi não foi encontrada para comentar o assunto. Segundo o presidente do PT, Luciano Ostrowski, ela está em viagem de trabalho.
Diplomação em outras cidade
Os prefeitos, vices e vereadores eleitos em Itapetininga, Alambari e Sarapuí (SP) serão diplomados em 17 de dezembro. Segundo o juiz eleitoral Elias Junior de Aguiar Bezerra, a cerimônia será às 13h30 na Câmara Municipal de Itapetininga.

Já em Itaporanga (SP), a diplomação será em 18 de dezembro, às 20h, no Fórum da cidade. De acordo com o juiz Alexandro Conceição dos Santos, a diplomação é o ato que encerra o processo eleitoral e habilita os eleitos a tomarem posse nos respectivos cargos.

Três amigos que residiam em Jaguariaíva morreram carbonizados após choque com caminhão


Três amigos morreram carbonizados na madrugada deste sábado (8) após o veículo VW Gol, que viajavam, ter se chocado frontalmente com um caminhão na PR-151, no trecho entre Jaguariaíva e Sengés, na região de Ponta Grossa. 

Após o choque frontal, o Gol se incendiou e todos os ocupantes do veículo morreram no local. O condutor foi identificado como sendo Edson Cox da Silva, 27 anos, e os passageiros como Paulo Roberto dos Santos, 33, e Reinaldo Miranda, 24. Os três jovens eram amigos e estavam retornando para Jaguariaíva , onde residiam. O corpo das vítimas foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa. 

Segundo o cabo Marcelo Koslinski Koprofki, da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), os dois veículos envolvidos no acidente trafegavam em sentido contrário e o choque ocorreu na pista sentido Jaguariaíva-Senges, onde trafegava o caminhão. "O acidente ocorreu em uma reta, com visão ampla, e provavelmente o condutor do Gol dormiu na direção, invadindo a pista contrária", explicou o policial rodoviário. 

Adriel Barth, 28, que conduzia o caminhão Ford Cargo, com placas de Foz do Iguaçu, saiu ileso do acidente. As informações são de O Bonde

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Todas as cidades do Paraná terão efetivo fixo da PM a partir de 2013


A partir de 2013, todos os municípios do Paraná passarão a contar com um efetivo mínimo de cinco policiais militares, sob o comando de um sargento. A determinação foi anunciada pelo governador Beto Richa nesta quinta-feira (29), durante encontro com prefeitas e prefeitos eleitos em Foz do Iguaçu. O governo também alocará viaturas e equipamentos para dar suporte ao trabalho dos policiais nos municípios.
 
A medida integra o Projeto 300, batizado em alusão aos 300 menores municípios do Estado, que são o principal foco da iniciativa. Parte dos policiais integra a turma em formação e começará a atuar no primeiro semestre de 2013. O restante será selecionado pelo próximo concurso para ingresso na Polícia Militar. 

“Esse reforço faz parte do empenho do governo para garantir mais tranquilidade e segurança aos paranaenses. Não havia planejamento de efetivo nos pequenos municípios, e agora vamos mudar isso”, disse Richa, lembrando que no ano passado o governo fez a maior contratação de policiais da história do Paraná. 
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, o projeto de reforço policial está em fase final de elaboração. Segundo a PM, alguns municípios têm apenas dois policiais fixos para atender mais de uma cidade. 

“Nos pequenos municípios o problema de efetivo é muito perceptível. O Projeto 300 faz parte das inúmeras melhorias promovidas pelo governo na área da segurança pública”, disse. Vasques citou como exemplos a aquisição de equipamentos e viaturas, além do aumento no efetivo policial, construção de novas sedes para o Instituto Médico-Legal, batalhões, delegacias e postos do Corpo de Bombeiros. 

MÍNIMO - O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Roberson Bondaruk, disse que cinco policiais é o número mínimo necessário para fazer o rodízio dos profissionais entre os plantões. “Este será um avanço fundamental. O governo estadual está atuando firme nessa questão e pretendemos, no mais curto espaço de tempo, dar a resposta que os municípios do Paraná precisam e merecem”, afirmou.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Governo do Paraná finaliza compra de 1.220 viaturas para a segurança pública



O governador Beto Richa confirmou nesta segunda-feira (19/11) a compra de 1.220 novas viaturas para atender a área de segurança pública do Estado. No pregão realizado pela Secretaria da Administração e Previdência na semana passada o valor global da concorrência chegou a R$ 122,5 milhões.

O valor é 10,5% menor que a estimativa máxima prevista no edital de licitação, que era de R$ 137 milhões. Além disso, deverão ser abatidos do preço final dos veículos outros R$ 6,8 milhões relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com isso, o Estado vai desembolsar R$ 115,7 milhões pelo lote.

As empresas vencedoras do certamente terão que entregar os veículos equipados com rádio-comunicador, pintura personalizada, sistema de sinalização (giroflex) e compartimento para a guarda de presos. As adaptações equivalem a um terço do valor total de cada viatura.

“O investimento em infraestrutura e os novos equipamentos asseguram melhores condições de trabalho para os nossos policiais e mais segurança para a população. Este é mais um compromisso que estamos cumprindo”, afirmou Richa.

Segundo o governador, a entrega das primeiras 200 viaturas acontecerá em, no máximo, 60 dias, após a assinatura do contrato. Outras 355 viaturas deverão ser entregues em até 90 dias; 70 viaturas em até 120 dias e as últimas 595 em até 180 dias. O Paraná não fazia nenhuma compra de viaturas para a segurança pública neste volume desde 2007.

LOTES - A licitação para a compra dos veículos, que será finalizada nos próximos dias e aguarda apenas as medidas formais necessárias, abrange seis lotes, com especificações distintas de viaturas.

A compra prevê a entrega de 150 veículos modelo sedan; 100 utilitários de 110 cv; 470 utilitários de 130 cv; 100 utilitários (4x4); 160 utilitários médios (4x4); e 240 picapes (4x4).

A aquisição de novas viaturas faz parte do planejamento do Programa Paraná Seguro, criado para reestruturar a área da Segurança Pública no Estado. No total, o programa prevê a compra de 3.600 novas viaturas. No mês de outubro, foram entregues 80 veículos para unidades do Corpo de todo o Estado. “O governo está fazendo um grande esforço para dotar as unidades de polícia de equipamentos adequados para o combate à criminalidade”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Cid Vasques.

Além do reequipamento das polícias, o que também inclui investimentos com novas armas e munições, o Paraná Seguro contempla um aumento efetivo no número de profissionais, tanto no policiamento extensivo como no trabalho de investigação. Em março deste ano, o governo do Paraná incorporou 3.120 policiais às forças de segurança, em um único ato. São 1.967 policiais militares, 481 bombeiros e 672 policiais civis, entre investigadores, escrivães e papiloscopistas.

Para manter a regularidade nas contratações, o governo do Estado autorizou, no mês de agosto, concurso para 5.664 novos policiais (4.445 policiais militares, 819 bombeiros e 400 delegados). É a maior contratação de policiais da história do Paraná.

VALORIZAÇÃO – Durante este ano, o governo estadual também melhorou os salários pagos às categorias policiais, com a implantação do subsídio. O aumento consistente colocou o Paraná como referência no pagamento na área da segurança pública, atrás apenas do Distrito Federal, onde os salários são pagos pela União.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Construção da Inpacel


Video institucional que mostra as etapas da construção da fabrica de papel Inpacel, em Arapoti (atual Stora Enso)

Relembrando histórias do futsal com FOCA


ENTREVISTA
  
Relembrando histórias do futsal com FOCA
  
Seu nome é Antônio Rubens Vaz. Desde cedo no mundo do esporte, com um ano de idade mudou-se de Jacarezinho para Telêmaco Borba, ocasião em que seu pai, o grande goleiro Bolívar, veio integrar o time do Clube Atlético Monte Alegre de futebol de campo – aquele que seria campeão em 1955, tornando-se a primeira equipe do interior a vencer a 1ª divisão do Campeonato Paranaense.
Em 1974 ingressou na empresa Klabin Monte Alegre, ocupando o cargo de técnico em Mecânica. Apaixonado por futsal, aproveitava as horas vagas para treinar voluntariamente o time do CAMA – nascendo assim uma bela rivalidade com a equipe do Aquárius Futsal.
Em 1990, Vaz transfere-se para a Inpacel, em Arapoti, onde acompanhou a montagem da nova fábrica, mas já com o intuito de ajudar a equipe patrocinada pela empresa a deslanchar.
Foram cinco anos de conquistas no futsal, culminando com o título mundial na Espanha em 1995. Nesse mesmo ano, a equipe da Inpacel acaba e o técnico em Mecânica deixa para trás 22 anos de trabalho na indústria para ingressar definitivamente na carreira de técnico de futsal.
Depois de treinar várias equipes no Brasil foi para a Itália, passando por diversos clubes como assistente técnico e treinador. Hoje Antônio vive na Sicília, ao sul das terras italianas, onde treina o time do Augusta F.C.
Nossa equipe aproveitou as férias do Foca (como é mais conhecido o treinador) e foi a Curitiba para uma entrevista descontraída, cheia de memórias e pensamentos de um profissional apaixonado pelo esporte.

P&V – Você cresceu em uma família de esportistas. Desde cedo você é apaixonado por futebol?

FOCA – Sim. Nós aprendemos primeiro com o meu pai. O pessoal mais antigo, do time campeão de 55, o Pequeno, o meu pai, entre outros que foram jogadores, faziam esse trabalho de ensinar futebol voluntariamente, só pra tirar os guris da rua, para os filhos não ficarem na rua sem fazer nada.
A ideia deles era arranjar uma atividade esportiva, algo que eles gostassem de fazer. Então como éramos direcionados ao futebol, treinávamos futebol.
O futebol de campo nasceu desse sonho de participar daquela equipe do CAMA. Todos eram funcionários da Klabin e jogavam. O Pequeno, o meu pai, o Taíco, o Baianinho... Essas pessoas saíram e veio a segunda geração, com Rubinho, Alcione, Danilo, meu irmão Paulinho (que chegou a jogar no Atlético Paranaense).
Nosso vínculo era ver esse pessoal jogar, estar junto deles, marcando campo, pegando bola, engraxando chuteira.

P&V – Seu pai, Bolívar, chegou a treinar vários meninos na escolinha do CAMA...

FOCA – Meu pai vivia como funcionário do CAMA. Ele cuidava do campo, treinava o time e fazia a escolinha, onde a maioria dos meninos era filho de funcionários da Klabin. Chegou a ter mais de 100 moleques.

P&V – Existia um tratamento diferenciado para aqueles funcionários que jogavam?

FOCA – Sempre vai existir. Por isso que nasceu essa era de profissionalismo. Ou você faz só futebol ou você só trabalha. Se você põe a mesma pessoa para fazer os dois, aquele que não faz esporte sempre vai ficar com ciúme.
Na Europa ainda se convive muito bem. O cara joga e trabalha. Nossa cultura tem muita barreira para ser quebrada.

P&V – Você acha que não deveria haver nenhum problema entre a pessoa jogar profissionalmente e ter outro emprego?

FOCA – Tem o bom profissional e tem o vagabundo, que deve ser mandado embora. Mas aquele que consegue jogar e trabalhar com rendimento você mantém.
É uma questão de cultura. Se fosse assim em todas as áreas, um advogado não poderia pegar mais de uma causa.

P&V – Da Klabin você se transferiu para a Inpacel. Como foi essa mudança para Arapoti?

FOCA – Tudo isso surgiu em função do trabalho que eu fazia na Klabin, trabalhando com futebol de salão nas categorias de base, tentando trabalhar de forma organizada junto com Pedrinho, Everaldo, Maca, Jair Neves (o pessoal que fazia a coisa acontecer, sem receber nada).
Como nós tínhamos na mesma época o curso de papeleiro, eu conheci um pessoal que era de Jaguariaíva, se formou e já conseguiu emprego na Inpacel. Foi quando eu conheci o meu compadre Abílio. 
Esse pessoal levou a possibilidade de levar um time de futsal para a Inpacel, porque até então a empresa só tinha time de campo, na segundona. Eles disputaram três ou quatro campeonatos e não ganharam.
E daí o superintendente geral da Inpacel propôs ao Abílio, recém-formado, de montar um time de salão para jogar na região de Jaguariaíva, Venceslau, Piraí, Tomazina, quando tivesse festa de aniversário dos municípios.
Criou-se um time de jogadores que trabalhavam e disputavam esse torneio a noite. Quando eles ganharam o torneio regional, surgiu a ideia de fazer um time com amplitude maior de competição.
Aí pediram meu currículo para tentar aprovar na Inpacel, como técnico em Mecânica. Mas existia a possibilidade de fazer um projeto para disputar o paranaense.
A Ivete, minha esposa que é professora, fez um teste e foi contratada pelo Colégio Positivo em Arapoti e tudo deu certo.
Indo para lá, logo apresentamos o projeto do time de futsal. Porém, em Arapoti não tinha estrutura, não tinha luz, não tinha ginásio. Não tinha como levar um grupo de jogadores para disputar naquelas condições.
Mesmo com as dificuldades, o time foi montado com quatro ou cinco jogadores de Londrina e mais uns seis que haviam sido campeões regionais.
Aí entrou o professor Jarrão, de Jaguariaíva, que ajudou muito. Ele foi o mentor junto com o Bosco e com o Abílio de formar esse time.
De 91 a 95 o time ganhou tudo. O Paranaense era obrigação ganhar. Chegamos ao auge com o título mundial na Espanha. Eu sempre estava no meio como assistente ou como técnico enquanto não vinha um técnico de fora.
Em 1995, o Félix, que era o técnico, saiu logo no começo do ano porque recebeu uma proposta da Espanha. E foi assim que eu segui com o time até o mundial. Na volta nós disputamos mais um campeonato paranaense e a Inpacel encerrou o patrocínio da equipe.

P&V – Quando acabou o time da Inpacel, o que aconteceu com a sua vida?

FOCA – Eu tinha duas saídas: continuar na Inpacel até aposentar ou ia trabalhar com o esporte.
Eu tinha feito amizade com muita gente do futsal – Paulinho Cavalcante, Danilo, Fininho, Ortiz, Serginho, entre outros – e foi assim que eu tive a possibilidade de me tornar treinador de fato.
Eu comecei a fazer cursos, me adequando na área técnica, física e tática. No momento pesou bastante a questão da família, pois não é fácil deixar 22 anos de carteira assinada para trás.
Fui convidado para ser técnico em Carazinho (RS). Aproveitei que tinha duas férias vencidas e fui. Quando as férias venceram eu pedi a conta da Inpacel e estou aí correndo até hoje. Não fiquei rico, mas dá pra se viver (risos).

P&V – Qual a principal conquista desde que você se tornou técnico profissional em 95?

FOCA – A principal conquista é a cultura que eu adquiri e as coisas que pude proporcionar para a minha família. Nesses anos que estou na Itália, todo ano a minha família vai pra lá.
Será que se eu estivesse trabalhando hoje como mecânico eu teria dado essa chance para minha família? Conhecer a Alemanha, Suíça, Roma, Milão?

P&V – Em 16 anos como técnico, você passou por quais times?

FOCA – Inpacel, Carazinho (RS), América de Tapera (RS), Paço Fundo (RS), Goiás Esporte Clube, Seleção da Bahia, ACBF (RS), Londrina... e daí fui para Itália.
Lá eu treinei o Augusta FC em 2001 e 2002, Reggio Emília, de 2002 para 2003, e voltei para o Brasil, passando por Pato Branco e Foz.
Depois voltei para a Itália, treinando novamente a equipe do Reggio Emília, fui para Veneza, depois para o Ceccano, e voltei para o Augusta, na Sicília, onde estou hoje.
Trabalhei praticamente em todas as regiões da Itália.

P&V – Existe um grande número de jogadores brasileiros jogando futsal na Itália.

FOCA – Só para se ter uma ideia, são 14 times na série A1, 28 na série A2, 62 na série B e uns 80 na série C. Com isso, abriu-se uma porta muito grande para os brasileiros, principalmente para os descendentes de italianos. Nos quatorze times da série A existem pelo menos oito brasileiros em cada time.
O jogador pode se radicar na Itália, conseguindo cidadania, ganhando mil euros, com todas as despesas pagas pelo clube: assistência médica, moradia, alimentação, etc.
Eu fiz as contas, em 2010 nós tínhamos cerca de 530 jogadores brasileiros só na Itália. A Seleção Italiana, que disputou o mundial no Brasil em 2008, tinha 14 jogadores brasileiros.

P&V – Qual a grande vantagem da sua carreira na Itália?

No meu caso é de ajudar pessoas que têm potencial para jogar futebol e através do futsal melhorar a sua vida, tanto no aspecto cultural como financeiro, ajudando sua família. Isso eu aprendi com o pessoal de Telêmaco.

P&V – Você conheceu muitas estrelas do Futsal?

Sim. Daqui, da Itália, da Espanha. Dessa geração da Seleção Brasileira o Lenísio, o Falcão, quando eles ainda eram do juvenil.
Da geração antiga... Serginho, Manoel Tobias, Danilo, Fininho, Ortiz...
Da outra geração, Douglas, Jackson, Paulo Nunes, o Pança, o falecido Barata.
Da Itália eu conheci todos durante esses anos que estou lá, sem falar no pessoal da Espanha e de outros países.

P&V – Você acompanha os campeonatos europeus

FOCA – Sim. Eu posso ver a hora que eu quiser. Vai ter o Campeonato Europeu agora na Hungria. É apenas uma hora de avião de onde eu moro. Tem jogo do Roma e Lazio, eu pego avião, vou e volto.
Lá eu vejo com frequência os jogadores famosos como o Dida, Sidorf, Júlio César. É algo comum.

P&V – Você tem fama de ser um treinador durão, enérgico, que acredita na estratégia e no método. Você se considera realmente durão?

FOCA – Você não pode fazer nada sem programar. Essa história de ser durão é lenda. Você querer que o seu filho de 14 anos não fume é ser durão? Você querer que o seu filho com 14 anos respeite as moças que estão do lado é ser durão?
Não é ser durão, mas tem que ter uma linha de conduta, fora e dentro da quadra.
Eu aprendi a respeitar as pessoas e procuro passar isso. Se alguém não respeita, não fica comigo. Vai procurar outro ambiente.
A metodologia é fundamental, pois não tem mais tempo para o “eu acho”. Ou você sabe fazer ou não sabe fazer.
O esporte, como eu aprendi, é coisa sagrada. Não se brinca. Se você vai trabalhar dentro do esporte, a vida tem que ser regrada. Se não tem objetivo, vai jogar pelada de fim de semana!

P&V – Você então é disciplinador?

FOCA – Tem muitas pessoas que não entendem porque estão ali. Alguns vão lá buscar uma coisa que é lenda, pensando que jogador de futebol é vagabundo, toma cerveja, vai na zona, não gosta de trabalhar e de estudar.
E pra mim é justamente o contrário. Quem vai fazer esporte é cara que gosta de estudar, que é pontual, que busca ser o primeiro da classe.
Acho que tem que colocar Deus na tua vida. E a bola também te traz um pouco de Deus!

P&V – Você é Católico?

FOCA – Procuro ser. A Itália é o povo mais católico do mundo...Mas é bom lembrar que foi o povo que crucificou Jesus.

P&V – Em quem você se inspira profissionalmente?

FOCA – O meu pai, o Paulinho, que é meu falecido irmão, Paulo César Carpegiani são minhas referências. Leio muito sobre o José Mourinho, o Silvio Lancelotti... Todas as reportagens que eu vejo na internet e livros desses caras eu procuro ler, pois todos eles têm um ponto em comum: disciplina.

P&V – Você tem lembranças do seu pai como jogador de futebol?

FOCA – Eu não vi o meu pai jogar. Ele jogava em Arapongas quando machucou o joelho e parou de jogar. Eu vi ele mais como treinador, mas todos falavam que ele foi um bom jogador.
Com certeza, o maior legado que o meu pai deixou foi nos ensinar a fazer o que você gosta, procurando tratar bem todo mundo, com lealdade e trabalho. Quando você faz o que você gosta, não tem dinheiro que pague.

P&V – Como é sua rotina na Itália?

FOCA – Na parte da manhã trabalho das 9h30 às 12h. Eu levanto às 7h, tomo meu banho, tomo café e vou para a quadra deixar tudo preparado. O pessoal chega, nos cumprimentamos, fazemos uma oração agradecendo pelos nossos familiares estarem bem no Brasil, agradecemos por ninguém ter se machucado. Daí fazemos uma brincadeira, vamos para o aquecimento e começamos a treinar com alta intensidade das 10h às 11h45.
O pessoal toma banho e depois nós almoçamos todos juntos – criamos um refeitório só de brasileiros.
Das 14h30 às 16h30 tem as escolinhas das equipes de base, onde eu sou o responsável técnico e tático dos instrutores.
Às 18h voltamos a treinar com o time principal até às 20h – isso de segunda a sexta.
Aos sábados tem jogo da equipe principal, às 16h, e no domingo tem campeonatos das categorias de base.
Essa rotina acontece de setembro a dezembro. Paramos no natal e no ano novo, daí voltamos em janeiro e vamos até final de maio, quando tiramos férias.

P&V – Em relação ao futsal europeu, em que patamar se encontra a Itália hoje?

FOCA – Hoje a Espanha é o top. Na Europa podemos colocar Itália em terceiro lugar, tendo a Rússia como segunda força, pois eles estão investindo um dinheiro pesado.

P&V – E o futsal no Brasil?

FOCA – O Brasil tecnicamente é muito forte e voltou a se organizar taticamente. Mas é como no futebol de campo. A internet quebrou muitos segredos.
Todo mundo posta fotos, filma, nos conteúdos das universidades tem muito trabalho acadêmico, livros...Então ficou muito igual.
Hoje, o que sempre vai resolver é o talento individual. Mas isso você tem que saber como fazer, como trabalhar o talento individual na equipe.

P&V – Existe diferença de perfil entre o jogador de futsal e o jogador de campo?

FOCA – O futebol de campo é muito ilusório. Em um ano o seu ganho financeiro pode aumentar significativamente. No futsal você tem um ganho menor, mas tem o cursinho, o colégio e a faculdade que o clube te dá.
Hoje, todos os meus amigos que jogavam futsal e pararam são formados em Educação Física. O Falcão tem um diploma para quando ele parar de jogar.
O campo não te dá isso, pois o jogador trabalha de manhã e tem que descansar para treinar a tarde. O Sócrates conseguiu estudar porque tinha contrato para treinar só a tarde.
O Neimar hoje não tem segundo grau completo e já tem um filho.


P&V – Quando você perde uma partida, o que se passa pela sua cabeça? O que você procura fazer?

FOCA – Eu procuro descobrir onde que eu errei. Isso eu aprendi com o Engenheiro Raimundo Tobich, Ademar Lopes, Moacir Trevisan, seu Eloy chaves, Antônio Machado, seu Dinarte, Nelson, Chico... essas pessoas que me deram base na Klabin onde eu trabalhei. 
Eu saí do ginásio, nunca tinha trabalhado na minha vida, fui cair na escola técnica. Da escola técnica eu fui trabalhar na Klabin, em 74, sem saber nada de mecânica.
Essas pessoas tiveram uma calma comigo, tranquilidade, paciência e didática para me ensinar. E eu trago até hoje comigo essa metodologia.
As pessoas faziam eu enxergar a importância do meu trabalho. Eu tinha que estar convencido de que era capaz. A partir do momento que eles me convenceram que eu era capaz, eu tinha motivação para estudar junto com os meus companheiros a maneira mais fácil de executar aquela tarefa, sem prejudicar a produção da empresa.
Então, a primeira coisa que eu faço quando o meu time está perdendo é descobrir onde eu errei na minha qualificação semanal e porque o meu time não está conseguindo se encaixar.
A gente começa a descobrir ali porque o jogador está nervoso, indeciso. O que será que eu falei para ele durante a semana? É psicologia.

P&V – Como é viver longe dos seus familiares?

FOCA – Agora com a internet fica fácil. Eu falo todo dia com a Ivete (esposa) e com minhas filhas. Eu sou casado há 30 anos e existe um vínculo forte entre nós.
Eu me apego a Deus através das minhas orações para poder fazer o que eu gosto.
Eu tenho saudade delas e dos meus amigos, mas se deus está me colocando naquela situação é porque ele acha que eu posso resolver.

P&V – O que representa Telêmaco Borba para você?

FOCA – Eu fui para Telêmaco Borba com apenas um ano, quando o meu pai foi campeão jogando pelo CAMA. Foi lá que eu cresci, fiz amigos, me casei e tive minhas duas filhas. Só saí de Telêmaco para ir para a Inpacel. Passei uma vida lá, foram mais de trinta anos.

P&V – Gostaria de deixar uma mensagem para os seus amigos de Telêmaco?

FOCA – Com certeza. Que deus abençoe a todos que convivi, direta ou indiretamente. Agradeço muito a todas essas pessoas que me deram uma base muito grande através dos exemplos, que eu uso até hoje. Isso não tem preço.
Graças a essa base eu tenho princípios, hombridade e respeito pelo próximo.

P&V – Qual a sua expectativa profissional na Europa?

FOCA – Eu quero continuar ajudando as pessoas que precisam. Muitos brasileiros vão pra lá com um sonho de ficar rico e fazer festa. É muita ilusão. Nesse sentido eu tenho a possibilidade de ajudá-los, inclusive alertando para o fato de que muitos técnicos vêem o jogador como um produto, não como ser humano.
Além disso, quero me qualificar cada vez mais. Lá tenho acesso a muitas coisas e quero que minha família também aproveite isso.
  


Fonte: Revista Ponto & Vírgula - 3ª Edição