domingo, 26 de fevereiro de 2012

Feliz 2014

Carnaval festejado, a Copa do Mundo voltará ao centro das atenções. A Câmara dos Deputados deve reiniciar a apreciação da Lei Geral da Copa, com falsas polêmicas como bebida alcoólica nos estádios e meia-entrada para estudantes e idosos.
Por sua vez, o Executivo deve intensificar o jogo de cena que opõe a presidente Dilma Rousseff à Fifa – em nome da soberania nacional -, fumaça densa para tentar disfarçar o que não dá mais para esconder: o fracasso na gestão e execução dos projetos Pró-Copa. Todos, sem exceção, com atrasos. Alguns tantos, ficção que nem mesmo no papel estão.
As obras dos estádios, que concentram as maiores atenções, são as únicas que andam. Ainda assim, entre o atrasado e o atrasadíssimo.
A encrenca é tamanha que o governo Dilma já nem atualiza a rubrica Copa 2014 no Portal da Transparência. As últimas informações do Ministério dos Esportes - aquele das estripulias de Orlando Silva, hoje nas mãos de Aldo Rabelo, do mesmo PCdoB do ex-ministro guilhotinado – são de novembro. E revelam escandalosa ineficiência.
Já a Infraero informou, em janeiro, que Cuiabá e Curitiba nem mesmo conseguiram concluir os projetos das reformas de seus aeroportos. Em Belo Horizonte, Confins também indica execução zero.
A salva-pátria é que se conseguiu – e com êxito – privatizar os aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília.
Portos, então, é um descalabro total. Nenhum sequer concluiu projetos básicos. Mucuripe (CE) deveria ter encerrado a fase de projeto em agosto do ano passado. Nada. O mesmo ocorre com os terminais marítimos de Manaus, Natal, Salvador, Rio de Janeiro e Santos. Recife, único em que o projeto básico dependia exclusivamente do governo estadual, andou um pouquinho: terminou essa fase, mas parou por aí.
Mas nada é tão grave quanto a mobilidade urbana, tida como maior – e talvez o único – legado que a Copa 2014 poderia deixar para as 13 cidades que sediarão os jogos. Apenas 2,14% dos R$ 12,4 bilhões previstos para intervenções nas cidades sedes foram executados até agora. Das 50 obras previstas, só 18 saíram das pranchetas. A maioria delas, timidamente.
Sobram motivos para a presidente, com sua fama de gestora implacável, estar espumando. Mas de nada adiantará Dilma fazer cara feia, espernear, berrar, bater na mesa. A ela só resta apostar no sucesso do improviso, nas quase imbatíveis gambiarras nacionais. Nesses casos, a custos estratosféricos para os contribuintes.
A esses, a todos nós, resta a torcida de que a seleção canarinho nos encha de alegria e nos poupe de um vexame ainda maior.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Bandidos armados e encapuzados assaltam 16 pessoas no pesque-pague Bela Vista de Sengés

Após a investigação, a PM chegou a um menor de idade, que disse ter participado do roubo junto com seus comparsas, que estavam armados e trancaram as vitimas no banheiro




A Polícia Militar (PM) já identificou alguns suspeitos do roubo realizado em um pesque-pague de Sengés. Armados com facas, revólveres e pedaços de madeiras, cerca de 10 bandidos [todos encapuzados] abordaram 16 pessoas no Pesqueiro Bela Vista e levaram aproximadamente R$ 10 mil, computadores, mercadorias e ainda fugiram com dois veículos de vítimas, sendo um Fox, com placas APR-5152 de Sengés-PR e um Fiat Strada Fire Flex, com placas AUB-5620 de Marechal Cândido Rondon-PR.
Após a investigação, a Polícia Militar chegou a um menor de idade, que disse ter participado do roubo junto com seus comparsas, que estavam armados e trancaram as vitimas no banheiro do local. A equipe intensificou as buscas e informou o Comandante da 3º Companhia PM, o qual enviou o Batalhão de Choque de Ponta Grossa. Foram realizadas buscas na casa dos suspeitos, de onde três pessoas empreenderam fuga ao se depararem com as equipes policiais. As informações foram repassadas para a Polícia Civil, que deve tomar as providências cabíveis.


Fonte:JMNews

domingo, 19 de fevereiro de 2012

ELEIÇÕES 2012: JAGUARIAÍVA TUDO COMO DANTES

TUDO COMO DANTES


Marqueteiros, luas-pretas, publicitários, mercadores, políticos e assemelhados de todas as cataduras são unânimes em dizer que nada mudou na corrida eleitoral de Jaguariaíva desde a eleição passada. Eles voltaram a consultar seus sismógrafos e não detectaram nenhum movimento das placas tectônicas. O pega só começa depois da Quaresma, diz um experiente observador. Aliás, como tudo mais neste Brasil brasileiro, do mulato inzoneiro, do carnaval e de outras bossas. Coisas nossas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Eleições 2012, quase sempre o dono da bola é o pior jogador

As eleições para prefeito parecem aquela coisa da turma que se junta para jogar bola na quadra do colégio. Todo mundo é “amigo” de todo mundo, todo mundo quer o “melhor” no seu time e na hora de escolher (compor)… prevalece o dono da bola. É! o dono da bola! Campo?…se joga em qualquer lugar, grama, rua, pasto… tanto faz. Camisa? Na pior das hipóteses, um time vai “com” outro “sem”. Divisão? No frigir dos ovos funciona assim: é um “bão” pra cá; outro “bão” pra lá, e um “perna de pau pra cá” outro “bunda mole” pra lá.
De repente se ouve algo assim….” esse é “bão demais eu agora escoio 2”. Tudo certo? Quase. E a bola? Pois é, o dono da bola decide o jogo, ele é a palavra final.
Via de regra, a coisa anda e desanda, mas sempre no final ele diz “…e eu vou nesse lado” ou “…naquele lado”. O dono da bola pode ser uma anta, mas sem bola não há jogo, então ele joga. Ele pode ser odiado, ridicularizado, pentelhado, estorvado, xarope, seja lá o que for, mas a bola é dele e sem ele não se joga. Então a rapaziada aceita. Começa o jogo e? quero ver passar a bola pra ele!!! Quero ver, fazer rodinha para defendê-lo se um adversário chutá-lo!
Dane-se!!!! afinal ele só tem a bola, mas não tem o respeito da turma. Cara bom, é o que não tem a bola, mas é reconhecido como “bão”, e todo mundo quer no time. Com bola ou sem bola. Façam suas apostas:
 Quem é “bão”?
Quem se acha que está com a “bola”?
 Sabe o que o povo precisa e busca? O “bão”!…. a bola tem gente que acha que está com ela? Quem põe fé no taco? Ou melhor na chuteira ou tênis?

Briga em Sengés termina com morte e várias pessoas feridas

Confusão aconteceu durante campeonato de motocross.

Foi por volta das 20h de domingo, em Sengés, a 222 km de Curitiba. 
Homem matou um rapaz de 30 anos com uma faca e feriu outras 4 pessoas.

Uma briga no fim de um evento de motocross em Sengés, a 222 km de Curitiba, deixou um morto e quatro pessoas feridas por volta das 20h de domingo (12). De acordo com a polícia, a confusão começou quando um homem passou por uma mulher que estava dançando e mexeu com ela. O namorado da jovem, que estava com uma faca, atacou o rapaz de 30 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

Outras pessoas que estavam no local e tentaram conter o agressor também foram feridas. Quatro pessoas foram encaminhadas para hospitais da região e duas delas permanecem internadas em um hospital de Jaguariaíva e de Itararé. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa no início da madrugada desta segunda-feira (13). 
O autor do crime fugiu. Segundo a polícia, o homem já foi identificado e os policias fazem buscas para prendê-lo.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Já deu na vista

Useiro e vezeiro em criar versões para explicar a inexplicável virada de ponta-cabeça que deu após chegar à Presidência da República, o PT insiste na fórmula: travestir suas ações condenáveis - e até as elogiáveis, mas odiadas por alguns dos seus, como a privatização dos aeroportos – em méritos. E, faça-se justiça, operam isso com maestria.
Das críticas virulentas ao que chamavam de alianças espúrias, nelas incluídas José Sarney e Renan Calheiros, nem se lembram. E, sob o signo da governabilidade, incluíram Collor, Jader...
A tal da governabilidade justificou também a divisão da República em sesmarias para amigos e partidos amigos garfarem seus quinhões. Pela mesma gente que Lula, poucos antes, classificava, com propriedade, de picareta.
Dilma Rousseff segue a mesma cartilha. Manteve a partilha – em português claro, a distribuição da bufunfa que ministérios e estatais administram – em nome de ter folga no Congresso. Ainda assim, a maioria é comprada dia a dia. Até petistas, como mostrou o presidente da Câmara Marcos Maia, ao barganhar a pauta de votação pela nomeação de cupinchas.
Negar esse mimo a Maia até seria ponto para Dilma, tivesse ela alguma coerência entre o que diz e faz. Gerente-mor no governo Lula, e, claro, única em seu próprio governo, Dilma, dizem, grita, berra, esperneia. Mas nada sai do lugar. Ou bem seus auxiliaram brincam com ela, ou bem de gerência ela nada entende. Ou as duas coisas.
Seus melhores momentos, os iniciais – a defesa intransigente dos direitos humanos, a intolerância com “malfeitos” e a condenação ao cerceamento à liberdade de imprensa –, já deixam saudade. Rapidamente, Dilma pôs tudo a perder. Fez vista grossa a suspeitas de corrupção, tropeçou feio em Cuba e ficou muda, completamente muda, quando o PT voltou a falar de controle da mídia.
Como o PT é o PT, o partido agora chama o cobiçado controle de “democratização dos meios de comunicação”. Na essência nada muda. Ou até mude. Gravemente, se decidirem levar ao pé da letra a infeliz, mas estudada tese do ministro Gilberto Carvalho de se criar uma mídia estatal para a classe C. Portanto, controladíssima. Talvez uma TV Brasil do C, com menor audiência ainda.
“Pode-se enganar a todos por algum tempo, pode-se enganar alguns por todo o tempo, mas não se pode enganar a todos todo o tempo", disse Abraham Lincoln. Não há novilíngua petista que mude isso. A ironia de Ricardo Marin, leitor de O Estado de S. Paulo, comprova a imortalidade do pensamento: “Não é privatização, é concessão. Não é caixa 2, é recurso não contabilizado. Não é roubo, é realocação orçamentária.” Já deu na vista.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

O atual prefeito de Jaguariaíva, Otélio Baroni (PT), e o ex-prefeito, Ademar de Barros (PSDB), devem medir forças na disputa pela Prefeitura do Município nas eleições deste ano

Otélio Baroni, atual prefeito, e Ademar de Barros, ex-prefeito, aparecem nas primeiras colocações nas pesquisas de opinião para a Prefeitura de Jaguariaíva
 O atual prefeito de Jaguariaíva, Otélio Baroni (PT), e o ex-prefeito, Ademar de Barros (PSDB), devem medir forças na disputa pela Prefeitura do Município nas eleições deste ano. Baroni está em seu primeiro mandato e tem a possibilidade de pleitear a reeleição, enquanto Ademar pretende retornar ao cargo, o qual já ocupou por três vezes. Os dois aparecem nas primeiras colocações nas pesquisas de opinião que foram feitas para ouvir a preferência de parte dos 24.266 eleitores do Município.
A assessoria de comunicação da Prefeitura de Jaguariaíva informou que o prefeito Baroni ainda não definiu se será ou não candidato à reeleição. A decisão de pleitear a reeleição ou não deverá ficar para o final do prazo, em maio ou junho, informou a assessoria. O site http://jaguariaiva.webnode.com.br/  lança hoje uma nova enquete somente com os dois pré-candidatos e ficará no ar até dia 22/02/2012 com encerramento as 20:00 Horas.
Leia mais: http://jaguariaiva.webnode.com.br/

Cantora Whitney Houston morre aos 48 anos

Artista tinha 48 anos e cantou hits como 'I will always love you'.
Ela foi encontrada morta em hotel de Los Angeles.
Com informações Do G1, em São Paulo


A cantora Whitney Houston morreu neste sábado (11) aos 48 anos. As causa da morte ainda não foi divulgada e ela foi encontrada morta por um integrante de seu staff no Beverly Hilton, hotel de Los Angeles. A artista estava hospedada no local para se apresentar em uma premiação deste final de semana em homenagem a Clive Davis, empresário que a descobriu quando tinha apenas 11 anos de idade. Houston deixa uma filha, Bobbi Kristina.
Houston fez muito sucesso nos anos 1980 e 90 e se tornou uma das artistas de maior vendagem do período. Dentre seus maiores hits estão "How will I know", "Saving all my love for you" e "I will always love you", trilha do filme "O guarda-costas". Por conta da turnê mundial da trilha deste longa, Whitney se apresentou no Brasil em janeiro de 1994, em um show solo no estádio do Morumbi e no festival Hollywood Rock, no Rio.
Ela vendeu 200 milhões de álbuns em sua carreira e chegou 30 vezes ao topo das paradas da Billboard, além de ter ganho 6 Grammys. Ela lançou sete discos de estúdio e tinha um previsto para este ano.
A cantora Whitney Houston (Foto: Divulgação)A cantora Whitney Houston (Foto: Divulgação)
Nas duas últimas décadas, a artista teve diversas passagens por clínicas de reabilitação para tratar seu vício contra o álcool e drogas. Em 2009, ela precisouinterromper sua turnê europeia devido a problemas de saúde.
A artista foi número um em vendas nos EUA com seu último álbum, "I look to you" (2009), o primeiro lançado por ela em sete anos, um período no qual sua imagem foi prejudicada por seu uso de substâncias químicas e as constantes polêmicas com seu ex-marido, o cantor Bobby Brown, com quem se casou em 1992 e se separou em 2007.
Há três anos ela deu uma entrevista à apresentadora Oprah Winfrey e afirmou que sua mãe a salvou, obrigando-a a frequentar um programa de tratamento para viciados.
Em 2006, a cantora também admitiu enfrentar problemas financeiros. Por conta de uma dívida de US$ 1 milhão, na época ela pôs a leilão sua casa avaliada em US$ 6 milhões.
Carreira premiada
Whitney Elizabeth Houston nasceu em Newark, em 9 de agosto de 1963. Além de se destacar como cantora de r&b e soul, ela também atou no cinema e fez carreira como modelo. Mas foi na música que a artista ganhou fama e bateu recordes - ela venceu 415 prêmios ao longo da vida.
Seu álbum de estreia, "Whitney", foi lançado em 1985 e se tornou o álbum de estreia mais vendido por uma artista feminina, com 25 milhões de cópias ao redor do mundo graças aos sucessos "Saving all my love for you" e "How will I know". Nos cinemas, seu primeiro papel  foi no filme "O Guarda-costas" (1992), em que dividia cena com Kevin Costner e cantava na trilha sonora. É do longa a música "I will always love you", seu maior sucesso e cover de Dolly Parton.Houston era prima de Dionne Warwick e tinha Aretha Franklin como madrinha. Aos 11 anos, quando começou a atuar ao lado de sua mãe Cissy em casas noturnas na cidade de Nova York, ela foi descoberta por Clive Davis, empresário da Arista Records.
A cantora Whitney Houston em diversas fases da carreira (Foto: AP)A cantora Whitney Houston em diversas fases da carreira (Foto: AP)
Com seu estilo inspirado no canto gospel, a cantora inspirou uma geração de cantoras, de Marey Carey a Christina Aguilera. Porém, no auge do sucesso, ela se tornou notícia por suas polêmicas fora do palco, o que incluia comportamentos estranhos em público. Por diversas vezes ela confessou ser viciada em cocaína, maconha e medicamentos controlados. Segundo a cantora, com o passar dos anos isso a fez perder seu timbre de voz, que não alcançava mais as altas notas de outrora. A primeira vez que seus problemas se tornaram públicas foi em 1991, quando ela foi vaiada ao cantar o hino nacional durante o Super Bowl, a grande final do futebol americano.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O Descanso do Tropeiro


O Descanso do Tropeiro 


Velho tropeiro que hoje descansas,
no pó da terra que te acolheu,
estão bem vivos em nossa lembrança,
os bons exemplos que tu nos deu.


Esta semente do teu trabalho, 
que foi regrado, com teu suor, 
tem a pujança de um carvalho;
e a beleza tenra da flor.


São os teus filhos um povo forte,
nobres, guerreiros, gente da lida,
um povo bravo, que nem a morte,
com sua sombra os intimida.


Se fosses vivo, velho tropeiro, 
pra ver os frutos da tua semente,
orgulha-se hoje o Norte Pioneiro,
desta cidade, destra e valente.


Jaguariaíva, cidade ordeira,
peça Importante da nossa história,
cidade amiga, hospitaleira,
tens teu passado, cheio de glórias.


Deus te ilumine, mãe adorada,
encha tua estrada de eterno brilho,
Jaguariaíva terra de encantos,
me orgulho tanto de ser teu filho.

Odenes Bueno de Oliveira

Advogada liga Toffoli e Gilberto Carvalho a máfia do DF

Em oito horas de gravações em áudio e vídeo, Christiane Araújo de Oliveira revela que mantinha relações íntimas com políticos e figuras-chave da República e que o governo federal usou de sua proximidade com a quadrilha de Durval Barbosa para conseguir material contra adversários políticos

Christiane Araújo de Oliveira
(Fernando Cavalcante)
Nascida em Maceió, em uma família humilde, Christiane Araújo de Oliveira mudou-se para Brasília há pouco mais de dez anos com o objetivo de se formar em Direito. Em 2007, aceitou o convite para trabalhar no governo do Distrito Federal de um certo Durval Barbosa, delegado aposentado e corrupto contumaz que ficaria famoso, pouco depois, ao dar publicidade às cenas degradantes de recebimento de propina que levaram à cadeia o governador José Roberto Arruda e arrasaram com seu círculo de apoiadores. Sob as ordens de Durval, Christiane se transformou num instrumento de traficâncias políticas. No ano passado, depois de VEJA mostrar a relação promíscua entre o petismo e o delegado, Christiane foi orientada a sumir da capital federal. Relatos detalhados de suas aventuras com poderosos, no entanto, já estavam em poder do Ministério Público e da Polícia Federal. Na edição que chega às bancas neste sábado, VEJA revela o teor de dois depoimentos feitos pela jovem advogada no final de 2010.

Durval Barbosa
Durval Barbosa
Em oito horas de gravações em áudio e vídeo, Christiane revelou que mantinha relações íntimas com políticos e figuras-chave da República. Ela participava de festas de embalo, viajava em aviões oficiais, aproveitava-se dos amigos e amantes influentes para obter favores em benefício da quadrilha chefiada por Durval, que desviou mais de 1 bilhão de reais dos cofres públicos. Ela também contou como o governo federal usou de sua proximidade com essa máfia para conseguir material que incriminaria adversários políticos.

Christiane em imagem de vídeo do depoimento colhido pela PF
Christiane em imagem de vídeo do depoimento colhido pela PF
A advogada relatou que manteve um relacionamento com o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli, quando ele ocupava cargo de advogado-geral da União no governo Lula. Os encontros, segundo ela, ocorriam em um apartamento onde Durval armazenava caixas de dinheiro usado para comprar políticos – e onde ele eventualmente registrava imagens dessas (e de outras) transações.
Christiane afirma que em um dos encontros entregou a Toffoli gravações do acervo de Durval Barbosa. A amostra, que Durval queria fazer chegar ao governo do PT, era uma forma de demonstrar sua capacidade de deflagrar um escândalo capaz de varrer a oposição em Brasília nas eleições de 2010. Ela também teria voado a bordo de um jato oficial do governo, por cortesia do atual ministro do STF, que na época era chefe da Advocacia Geral da União (AGU).
Por escrito, Dias Toffoli negou todas as acusações. “Nunca recebi da Dra. Christiane Araújo fitas gravadas relativas ao escândalo ocorrido no governo do Distrito Federal.” O ministro disse ainda que nunca frequentou o apartamento citado por ela ou solicitou avião oficial para servi-la. Como chefe da AGU, só a teria recebido uma única vez em seu gabinete, em audiência formal.

Gilberto Carvalho, chefe de gabinete da Presidência
Gilberto Carvalho, chefe de gabinete da Presidência
Nas gravações, Christiane relatou ainda que tem uma amizade íntima com Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República. No governo passado, quando Carvalho ocupava o cargo de chefe de gabinete de Lula, ela pediu a interferência do ministro para nomear o procurador Leonardo Bandarra como chefe do Ministério Público do Distrito Federal. O pedido foi atendido. Bandarra, descobriu-se depois, era também um ativo membro da máfia brasiliense – e hoje responde a cinco ações na Justiça, depois de ter sido exonerado.
Gilberto Carvalho também teria tentado obter do grupo de Durval material para alvejar os adversários políticos do PT. Ele nega todas as acusações, e disse a VEJA: “Eu não estava nesse circuito do submundo. Estou impressionado com a criatividade dessa moça.”

Dilma Rousseff na bancada de evangélicos com Christiane Araújo de Oliveira
Dilma Rousseff na bancada de evangélicos com Christiane Araújo de Oliveira
Há uma terceira ligação de Christiane com o petismo. Ela trabalhou no comitê central da campanha de Dilma Rousseff. Foi encarregada da relação com as igrejas evangélicas – porque é, ela mesma, evangélica e filha de Elói Freire de Oliveira, fundador da igreja Tabernáculo do Deus Vivo e figura que circula com desenvoltura entre os políticos de Brasília, sendo chamado de “profeta”. Com Dilma eleita, a advogada foi nomeada para integrar a equipe de transição. Mas foi exonerada quando veio à tona que ela teve participação na Máfia das Sanguessugas.
Segundo o procurador que tomou um dos depoimentos de Christiane, o material que ele coletou foi enviado à Polícia Federal para ser anexado aos autos da Operação Caixa de Pandora. Um segundo depoimento foi tomado pela própria PF. Mas nenhuma das revelações da advogada faz parte oficial dos autos da investigação. A reportagem de VEJA, que reproduz imagens das gravações em vídeo, conclui com uma indagação: “Por que será?”
Da Revista Veja

Privatização Petista, Acrobacias ideológicas ou “transformismo”. Veja o que elles diziam!!

Pouco mais de um ano após as eleições presidenciais, o governo petista decide privatizar os três mais rentáveis aeroportos do país. Quase 90% do montante a ser desembolsado pelas empresas ganhadoras do leilão serão financiados pelo BNDES. Cenas de empresários e investidores segurando um martelo, que pareciam relegadas a um passado distante, se repetiram diante de telas e páginas da imprensa. O mercado e a mídia comemoram. E os petistas tentam justificar as acrobacias em suas teses.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Prazo para deixar cargos para disputa do pleito de 2012 encerra em 60 dias

A partir do próximo dia 7 de abril a corrida eleitoral irá entrar em uma nova etapa, com a tomada de decisões mais concretas. Isso porque as pessoas que ocupam cargos públicos de ordenadores de despesas têm até o dia 6 de abril, seis meses antes das eleições, para deixar tais cargos caso tenham a intenção de lançar candidatura.
Estão incluídos secretários municipais, presidentes de autarquias e empresas públicas, além de ocupantes de cargos de gestão administrativa em nível estadual, como secretários de Estado e reitores de universidades estaduais. Nesses 60 dias que restam para a tomada de decisão, secretários municipais devem refletir e articular dentro de seus grupos políticos para decidir se vão ou não deixar o cargo para disputar o pleito.

Ratinho chama editor da Globo de bandido e preconceituoso

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Há 11 ANOS

Josias de Souza
Há 11 anos, a Bahia viveu drama parecido com o que eletrifica o Estado há cinco dias. Uma greve da Polícia Militar fez subir as estatísticas criminais. Uma onda de saques e arrastões ateou pânico nas ruas de Salvador.
Corria o ano de 2001. Governava a Bahia César Borges. Filiado ao PFL (hoje DEM), integrava o grupo político de Antonio Carlos Magalhães. Enfrentava oposição renhida do PT. Inclusive do então deputado federal Jaques Wagner, hoje governador do estado.
Nessa época, Lula era candidato a sucessor do tucano Fernando Henrique Cardoso na Presidência da República. Em campanha na cidade gaúcha de Santa Maria, foi instado a comentar a greve dos policiais baianos. Responsabilizou o governo pefelê pela desordem:
“Acho que, no caso da Bahia, o próprio governo articulou os chamados arrastões para criar pânico na sociedade. O que o governo tentou vender? A impressão que passava era de que, se não houvesse policial na rua, todo o baiano era bandido. Não é verdade.”
Lula injetou política na confusão:
“Os arrastões na Bahia me lembraram os que ocorreram no Rio em 92, quando a Benedita da Silva foi para o segundo turno nas eleições para a prefeitura. Você percebeu que na época terminaram as eleições e, com isso, acabaram os arrastões? Faz nove anos e nunca mais se falou isso.”
O Lula de 2012 ainda não disse palavra sobre a greve que tisna a administração petista do amigo e ex-ministro Jaques Wagner. O Lula de 2001 não hesitou em apoiar os grevistas:
”A Polícia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as categorias de trabalhadores que são consideradas atividades essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial.”
Traçou uma analogia entre o Brasil e a Suécia:
“Se considero a atividade essencial, mas pago salário micho, esse cidadão tem direito a fazer greve. Na Suécia, até o Exército pode fazer greve fora da época de guerra.”
César Borges, hoje filiado ao PR, reagiu assim às críticas: “Além de falar muita besteira, Lula demonstra que está completamente desinformado. Foram deputados petistas que insuflaram a greve e, depois, quando perceberam que o movimento estava fora de controle, procuraram o governo para abrir um canal de negociação.”
Líder do movimento grevista que atormenta a Bahia há cinco dias, o soldado Marco Prisco corrobora agora a versão difundida por César Borges em 2001. Afirma que o então deputado Jaques Wagner ajudou a montar o esquema de financiamento da greve de 11 anos atrás.
Em entrevista concedida neste sábado (4), Jaques Wagner enxergou as digitais dos grevistas na onda de violência: “Parte dos crimes pode ser parte da própria operação montada. A tentativa de criar um clima de desespero para fazer a autoridade do governo do Estado sucumbir ao movimento.”
Acrescentou: “É tentativa de guerra psicológica. Parte disso é cometida por ordem dos criminosos que se autointitulam líderes do movimento. Não é possível que governadores sejam ameaçados por policiais com arma em punho”.
O antecessor César Borges dizia coisa muito parecida: “Houve uma ação deliberada de um grupo para implantar o terror na Bahia, para mostrar que a greve da PM tinha adesão total. Não acredito que a iniciativa dos saques e arrastões tenha partido do povo baiano, que é pacato e ordeiro. Havia, no movimento, muitos radicais, policiais que não merecem vestir a farda.”
Ontem, como hoje, a solução adotada pelo governo baiano para remediar o problema foi acionar Brasília. A exemplo do que fez Dilma Rousseff agora, FHC enviou soldados do Exército para patrulhar as ruas.
Diz-se que a história sempre se repetiu. Por uma dessas ironias que só a política pode prover, a história que se repete na Bahia é a que, no passado, o PT de Lula e Jaques Wagner consideravam pré-história.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Dane-se

Em julho de 2010, a então candidata Dilma Rousseff fez a sua primeira intervenção sobre a política externa brasileira. Um completo desastre.
Em entrevista à TV Brasil, portanto no conforto da casa própria, Dilma defendeu as relações inexplicáveis de seu padrinho Lula com a ditadura dos irmãos Castro e com as democracias de mentirinha de Hugo Chávez e de Mahomoud Ahmadinejad. E atacou: em Guantánamo se respeitam os direitos humanos? Frase idêntica à que disse em sua primeira visita oficial a Cuba.
Agora, porém, ainda mais desastrosa. Como presidente da República, usou o mesmo argumento – bestial e infantil –, esquecendo-se de que falava em nome do país. Que, hoje, suas declarações ultrapassam a seara da opinião pessoal. São, ou deveriam ser, coisas de Estado.
Guantámano é uma vergonha, um crime. Tão grande que levou a ONU a condenar publicamente os Estados Unidos em 2006, com apoio de dezenas de nações. Curiosamente, e é sempre bom lembrar para não se chorar sobre leite esparramado, a moção não teve a adesão do Brasil. Talvez devido à amizade fraterna de Lula com o então presidente George W. Bush.
Moradia dos horrores. E, até por isso, é absurdo usá-la para absolver regimes totalitários que se escudam nos pecados do Tio Sam para justificar os seus.
Mas Dilma não teve qualquer constrangimento em fazê-lo.
Pior: seu governo, como já é de praxe, escolheu a trilha marqueteira. Deu publicidade ao ato de conceder visto à blogueira Yoani Sánchez e lavou as mãos. Divulgou o fato como se o Brasil, usualmente, negasse visto a cidadãos cubanos e que, para Yoani, uma dissidente do regime, fez-se uma concessão. Se assim o é, o colaboracionismo com os Castro vai muito além dos empréstimos subsidiados do BNDES. Dá apoio até à proibição do direito de ir e vir. É ilógico, absurdo.
Em mais um lance da marquetagem, no mesmo dia da visita a Cuba, liberou-se um relatório sobre a barbárie na desapropriação de Pinheirinho, alimento farto para a tropa de choque governista defender a ditadura castrista.
Pinheirinho foi um desastre em todos os níveis. Mas compará-lo à sanguinária ditadura do paredão de Fidel é cinismo puro e lapidado.
Depois de incensada por ter feito crer que, ao contrário de seu antecessor, se orientava por uma cartilha de defesa do Estado de Direito, os sinais de Dilma se provaram falsos. Assim como Lula – decerto sem o mesmo charme, muito menos eloqüência –, Dilma joga só para a platéia.
A semana que passou foi dedicada a carícias a parcela do PT. Algo que Dilma fez com competência. Para ela, parece ser o que importa. O Estado de Direito? Ele que se dane. 

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

Crer e perseverar

É a velha lição: ‘Água mole em pedra dura tanto bate até que fura’
Nas duas últimas semanas apareceram alguns artigos na mídia que ressaltam o silêncio das oposições como um risco para a democracia. É inegável que está havendo uma “despolitização” da sociedade não só no Brasil, mas em geral. O “triunfo do mercado” levou às cordas as colorações políticas. Parece que tudo se deve medir pelo crescimento do PIB.
Nos países bem-afortunados, ainda que cheios de “malfeitos”, não há voz que ressoe contra os governos. Nos que caem em desgraça sem terem feito a “lição de casa” — sem terem gerado um “superávit primário” —, aí, sim, os governos em exercício pagam o preço.
Caem porque são vistos como incapazes de assegurar o bom pagamento aos mercados. Não importa ser de coloração mais progressista ou mais conservadora.
Caem sem que tenha havido um debate político-ideológico que mostre suas fraquezas eventuais, mas porque o rancor das massas gerado pelo mal-estar econômico-financeiro se abate sobre os líderes do momento.
O Brasil esteve até agora ao abrigo da tempestade que desabou sobre os mercados dos Estados Unidos e da Europa. Por mais que nossos governos errem, os decibéis das vozes oposicionistas são insuficientes para comover as multidões. Pior ainda quando essas vozes estão roucas ou preferem sussurrar.
Como entramos em céu de brigadeiro a partir de 2004, tanto pela virtude do que fizemos na década anterior como pelos acertos posteriores e graças à ajuda dos chineses, fazer oposição se tornou um ato de contrição.
Mas que importa? Também era assim no período do milagre dos anos 1970, durante o regime militar. A oposição nada podia esperar, a não ser censura, cadeia ou tortura. Não obstante, não calou. Colheu derrotas eleitorais e políticas, resistiu até que, noutra conjuntura, venceu.
Hoje a situação é infinitamente mais fácil e confortável. Só que falta o que antes sobrava, a chama de um ideal: queríamos reabrir o sistema político. Hoje, o que queremos? Ganhar as eleições? Mas para quê?
Leia a íntegra em Crer e perseverar 

Fernando Henrique Cardoso é ex-presidente da República