quinta-feira, 17 de agosto de 2017

DESCASO: O CARVALHO, ÁRVORE DAS ÁRVORES


A muda da árvore do carvalho que havia na entrada do Bairro Matarazzo foi trazida de além-mar (da Europa) e considerada como um dos símbolos do início da industrialização do frigorífico Matarazzo teria sido plantada por um dos membros da Família Matarazzo na década de 1920. Foi cortada recentemente de forma proposital, entre outras espécies de árvores em torno da fábrica, aos olhos daqueles que deviam fiscalizar esses atos, sem nenhuma explicação. Havia ao pé da árvore uma placa de bronze com os seguintes dizeres: “Pai, um dia hei de partir dessa vida, mas meu umbigo permanecerá nesta terra representada por este pé de carvalho”. Aonde foi parar a placa de bronze? O que fizeram com a preciosa madeira da árvore abatida?

A paisagem dos campos floridos ondulados pelo vento e os capões esparsos nas colinas dos Campos de Jaguariaíva foram transformados em florestas exóticas, desapareceram os lírios dos campos e sumiram as aves do céu, tudo transformado pela ganância e pela imprevidência do maior predador da natureza.

Aquilo que o homem faz à Mãe Natureza faz a si mesmo. Tudo está interligado...
Como dizia Albert Einstein: “Há duas coisas que são infinitas: o Universo e a tolice dos homens”, ou seja, “asnice” - É triste pensar como a natureza reage e que os ditos “seres racionais” não a entendem.

Pesquisadores do clima mundial afirmam que o desequilíbrio dos ecossistemas ocorre em função do aumento de poluentes, principalmente da queima de combustíveis fósseis, dos desmatamentos e das queimadas de florestas e matas, formando ondas de calor e aumentando gases poluentes na atmosfera de difícil dispersão (ozônio, gás carbônico e monóxido de carbono), que contribuem para o aumento do chamado efeito estufa e consequentemente do aquecimento global, resultando intensidade de furacões, tufões e ciclones, a evaporação das águas dos oceanos, o derretimento das geleiras, o surgimento de desertos e a morte de várias espécies de animais e vegetais. Não vamos parar do expor os problemas, vamos continuar lutando pela liberdade de expressão para evitar a destruição do planeta.

 Texto: José Axt (Foto: Paulo Marcos )