sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tragédia em Realengo

Reprodução do site R7.




Os corpos de 11 vítimas do atirador que matou 12 alunos em uma escola em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, foram enterrados nesta sexta-feira (8). Os enterros aconteceram em quatro cemitérios da zona oeste: Murundu, em Padre Miguel, Jardim da Saudade, em Sulacap, Ricardo de Albuquerque e Santa Cruz. O corpo da menina Ana Carolina Pacheco da Silva, 13 anos, será cremado neste sábado (9), às 8h30, no cemitério do Caju.
No cemitério do Murundu, foram realizados quatro sepultamentos: dois pela manhã e dois à tarde. De manhã, foram enterrados os corpos das estudantes Mariana Rocha de Souza, de 12 anos, e Laryssa Silva Martins, de 13 anos. A cerimônia foi marcada por muita emoção.
Por volta das 12h, o corpo de Milena dos Santos Nascimento, de 14 anos, chegou ao local e foi enterrado por volta das 14h20. Já o corpo de Bianca Rocha Tavares, de 13 anos, foi enterrado às 15h.
O corpo da Géssica Guedes Pereira, 15 anos, que foi velado em uma das capelas do cemitério Murundu, foi levado no início da tarde para outro cemitério em Ricardo de Albuquerque, também na zona oeste, onde foi enterrado.
Outras quatro vítimas do atentado foram sepultadas no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste: Rafael Pereira da Silva, 14 anos, Luíza Paula da Silveira, 14, Larissa dos Santos Atanásio, 14, Karine Lorrayne Chagas, 14 e Igor Moraes da Silva, 13.
A menina Samira Pires Ribeiro, 13 anos, foi sepultada no cemitério de Santa Cruz, zona oeste, às 16h30.
Entenda o caso
Por volta das 8h de quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos (a polícia chegou a divulgar que ela tinha 24 anos, mas a idade foi corrigida posteriormente), ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola comemorava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).
Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu uma sala de aula no primeiro andar e outra no segundo, e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.
Duas adolescentes baleadas, uma delas na cabeça, conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no BPRv (Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário), seguiu rapidamente para a escola e atirou contra o abdome do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o IML (Instituto Médico Legal), no centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Os velórios e os enterros serão realizados a partir desta sexta-feira (8).
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil concluiu a perícia na escola no início da noite de quinta-feira. O inspetor Guimarães, responsável pela análise, disse que o assassino deve ter atirado de maneira aleatória contra os alunos. A polícia está investigando se os estudantes que morreram eram do 8º ano de escolaridade (antiga 7ª série). A perícia deve confirmar que as vítimas atingidas estavam sentadas na primeira fileira da sala de aula.

Nenhum comentário: