DF continua sendo região com mais contaminação pela bactéria KPC. Ministro da Saúde voltou a condenar uso "indiscriminado" de antibióticos
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta quarta-feira (20) que há casos confirmados de contaminação pela superbactéria KPC em São Paulo e no Paraná. O Distrito Federal é, até o momento, a região com maior registro de mortes e contaminações. No DF, 163 pessoas foram contaminadas e 14 morreram vítimas da KPC.
“O que nós temos até o momento confirmado é a presença dessa bactéria específica no Distrito Federal, São Paulo e no Paraná”, disse Temporão, após cerimônia de ampliação dos medicamentos oferecidos pelo programa “Aqui tem Farmácia Popular”. O ministro voltou a dizer que é preciso combater o uso “indiscriminado” de antibióticos, o que facilita, segundo ele, o surgimento de bactérias resistentes ao medicamento.
“O problema é que no Brasil nós temos uma política equivocada no consumo de e utilização de antibióticos. A Anvisa se reúne na sexta-feira para apreciar uma nova resolução colocando limites à comercialização de antibióticos nas farmácias brasileiras”, disse.
O ministro anunciou nesta terça (20) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai dificultar a venda de antibióticos. Entre as medidas que serão apresentadas está a retenção pelas farmácias da receita médica utilizada na compra do medicamento. Temporão disse ainda que a Anvisa vai reunir 17 especialistas para discutir meios de evitar a propagação da superbactéria.
“Essa bactéria, pela sua especificidade, está nos preocupando e, por isso,a convocação de especialistas para que a gente possa ouvir deles que medidas adicionais devem ser tomadas para o controle desse problema”, afirmou.
O primeiro registro da KPC no Brasil foi no Recife em 2006. Depois, foram registrados casos isolados no Distrito Federal, Paraíba, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. No Distrito Federal, o número de registros configura a existência de um “surto” da doença, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
G1/Globo.com
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