A eventual oficialização de Hélio Costa (PMDB) como candidato ao governo de Minas pode levar PSB e PR a apoiar a candidatura à reeleição do governador Antonio Anastasia (PSDB), e não o candidato da base lulista, Fernando Pimentel.
A ameaça de deserção dos dois partidos --que, no plano nacional, apoiam a candidatura presidencial da petista Dilma Rousseff-- é mais um argumento usado pelo PT mineiro para que, em vez de Costa, o candidato da base aliada seja Pimentel.
O comando de campanha de Dilma já enquadrou Pimentel para que aceite Costa como candidato. Patrus Ananias (PT) seria o vice; Pimentel tentaria o Senado.
A escolha de Costa em detrimento de Pimentel é o motivo que falta para o PSB-MG assumir a candidatura do tucano Anastasia, já que há dificuldades de relacionamento entre pessoas do partido e o grupo do peemedebista.
O que segura o PSB é a eventualidade de Pimentel ser o candidato. Isso porque o principal líder do PSB mineiro, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, foi eleito em aliança com o PT.
Lacerda é o principal condutor do PSB em direção ao grupo do ex-governador tucano Aécio Neves, que, em 2008, o apoiou informalmente na disputa contra o PMDB.
Esse movimento deve ter o apoio do presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos (PE), que mantém boa relação com Aécio.
O partido vai aguardar o encontro nacional da legenda. "Por enquanto não há nada decidido. No próximo dia 14 podemos ter uma tendência", disse o presidente do PSB mineiro, deputado estadual Wander Borges.
Chapa proporcional
O caso do PR --comandado pelo empresário Clésio Andrade, ex-vice-governador da primeira gestão de Aécio-- tem relação com a eleição de deputados. O PR avalia que terá melhores chances se estiver coligado na chapa proporcional (de deputados) com o PT.
Como o PT-MG tem dito que, se Costa for mesmo o escolhido, vai ficar de fora da coligação proporcional, o PR entende que teria chances melhores aliando-se ao chamado chapão do PSDB.
Na próxima segunda, em Brasília, está marcada reunião entre as direções nacionais do PT e do PMDB. Folha .com
Nenhum comentário:
Postar um comentário