DIMITRI DO VALLE
DE CURITIBA
O senador Osmar Dias (PDT-PR) confirmou ter encaminhado carta ao diretório nacional de seu partido em que pede avaliação de eventual coligação com o PSDB no Paraná.
Ele disse que tomou a decisão por causa de indefinições por parte do PT, com quem articulava sair candidato ao governo do Paraná, e por ter recebido proposta de aliança com os tucanos.
A oferta dos tucanos garantiria ao PDT uma das duas candidaturas ao Senado e um nome do partido para ocupar, como vice, a chapa liderada pelo candidato tucano ao governo do Paraná, Beto Richa. Osmar Dias voltaria a disputar uma cadeira ao Senado nessa hipotética coligação.
O senador pedetista afirmou em entrevista à Folha que a proposta do PSDB despertou "interesse". "A carta foi remetida [ao diretório nacional do PDT] porque há possibilidades [de coligação com o PSDB]", afirmou.
Osmar Dias se queixou das seguidas negociações fracassadas com os petistas. "Tenho recebido pessoas do PT, mas nada que tenha alterado o quadro", declarou.
Osmar é o nome da presidenciável petista Dilma Rousseff para compor um palanque forte no Paraná.
"Até hoje, minhas indagações não foram respondidas pelo PT", disse o senador. Entre elas, está a inclusão de Gleisi Hoffmann como a vice de sua eventual chapa para disputar o governo paranaense.
Gleisi, mulher do ministro Paulo Bernardo (Planejamento), seria o salvo conduto do pedetista, que teme ser abandonado. Ela já declarou que disputará o Senado.
Outra crítica do senador é a respeito da falta de garantias para ter a seu lado todos os partidos da base aliada do governo Lula. "O que foi feito até agora para agregar os partidos da base? Eu só vejo eles saindo [no Paraná]", afirmou o senador, referindo-se, por exemplo, a PP e PTB, que já declararam apoio a Richa.
Folha.com
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