Este blog postou ontem da coluna do Celso Nascimento que alquimistas da política paranaense estavam preparando uma poção mágica capaz de criar uma espécie de pedra filosofal cujo principal atributo seria o de promover o convívio fraterno e a alegria geral entre os principais personagens que atualmente se engalfinham na disputa pelas eleições majoritárias neste ano no Paraná.
No fundo, a imaginária roda da felicidade seria a recomposição da aliança entre o PSDB e o PDT, integrando-se a ela os demais partidos da frente que apoiou Osmar Dias em 2006 e Beto Richa em 2008. Seria um chapão tendo na cabeça, como candidato a governador, o ex-prefeito Beto Richa, e Osmar Dias como principal candidato a senador. Os alquimistas calculam que os dois seriam eleitos facilmente.
Mas, como diria Garrincha,“já combinaram com o adversário?” Este é o ponto-chave. As informações de anteontem davam conta de que o término dessa montagem só dependia do “nihil obstat” – nada a obstar – do presidente nacional do PDT, ministro Carlos Lupi. Esperavam dele uma palavra de liberação do senador Osmar Dias para concorrer à reeleição (e não mais ao governo) numa chapa que apoiará José Serra e não Dilma Rousseff para a Presidência.
Tudo bem. Mas, pelo jeito, não combinaram com Osmar Dias, que ontem se apressou em desmentir categoricamente qualquer cogitação que envolva sua desistência em disputar o governo. Classificou as especulações neste sentido como “notícia fabricada” por uma “rede de intrigas” alimentada por setores que querem vê-lo fora do páreo.
E, para provar que continua tão candidato quanto sempre foi, citou o roteiro de viagens que vai empreender pelo interior do estado de hoje até o fim de semana para debater seu plano de governo. Disse também que continua conversando com vários partidos para a montagem da aliança com a qual pretende enfrentar Beto Richa e Orlando Pessuti.
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O presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, no entanto, confirma a existência das conversações – mas não as classifica como uma novidade. Ao contrário, diz ele, há tempos seu partido vem tentando convencer Osmar Dias a participar da chapa de Beto Richa, oferecendo-lhe uma das vagas de candidato a senador e a possibilidade de indicar um vice do PDT. Rossoni diz acreditar que, caso se confirme a recomposição da aliança, que Osmar indicaria o deputado Augustinho Zucchi para a posição.
Fonte: Celso Nascimento Gazeta do Povo
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