quinta-feira, 27 de maio de 2010
Botar dinheiro da Copel na Arena é um erro grosseiro
Vamos falar com todas as letras, como se deve: colocar dinheiro da Copel na Arena é um erro groseiro.
Qual é o sentido de colocar R$ 40 milhões de verba pública em um estádio de futebol particular? Quem sai ganhando com isso é apenas a diretoria do Atlético.
Se fosse para colocar dinheiro do contribuinte, fizessem um estádio público desde o começo. Depois arrendassem, fizessem o que quisessem. Mas pelo menos seria patrimônio do estado.
Nesse caso, trata-se de desperdício puro. Os argumentos do deputado Romanelli, que frequentemente tem tido condutas reprováveis no seu mandato (como furar cancela de pedágio), são quase inacreditáveis.
Veja só o que ele falou.
"O naming rights Arena Copel, além de efetivar essa parceria [entre o Atlético e o governo], possibilita o acompanhamento e apoio da sociedade paranaense na implementação de todo o conjunto de medidas do governo estadual para o sucesso da empreitada do Mundial"
É enrolês, mas é fácil de traduzir. Todos saímos ganhando com isso!
Na verdade, nem a Copel sai ganhando com isso. Quanto mais o resto de nós.
Se fosse um bom investimento, haveria empresas disputando o direito de pôr seu nome na Arena. Não é o que acontece.
Por que a Coca-Cola não põe dinheiro lá? Ou o Itaú? Ou alguma empresa privada qualquer?
No caso deles, até faria sentido. São empresas que atuam em mercados competitivos e que precisam se destacar de seus concorrentes. A Copel, porém, tem o monopólio da distribuição de energia no Paraná. Não existe a menor possibilidade de alguém decidir trocar seu fornecedor particular de energia pela Copel, só porque viu o nome da empresa em algum lugar.
Ora, joguemos honestamente. A Arena não é um bom negócio para mais ninguém, só para o Atlético. Fica até a impressão de que o fato de o governador ser atleticano tem peso na decisão, o que, sinceramente, é ridículo.
A Copa do Mundo é um bom negócio para Curitiba? Pode ser. Mas pôr R$ 40 milhões tirados da minha conta de luz e da sua, me desculpe. É uma afronta. Reginaldo Galido Gazeta do Povo
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